Anápolis registrou um elevado crescimento populacional, quando verificado os números dos censos de 1980 e 2022. Houve, nesse período, um incremento de 218 mil pessoas. Número de habitantes que poucas cidades em Goiás possuem.
A cidade não nasceu planejada e esse crescimento, com o passar dos anos, gerou problemas e muitos desafios, que hoje são colocados para o nosso enfrentamento.
Quando falamos de nós, é porque os problemas de uma cidade não são, apenas, do poder público. Temos, cada um de nós cidadãos, nossas parcelas de contribuição, seja na criação do problema, seja para a sua solução.
Ao longo dos anos, a falta de investimentos, juntamente com a construção de edificações de forma inadequada, ou seja, nas proximidades dos mananciais, vieram acumulando problemas na infraestrutura da cidade, em relação, sobretudo, à questão da drenagem urbana.
O aumento da ocorrência de chuvas e chuvas cada vez mais pesadas, também vieram a somar nesse processo e, agora, o desafio foi lançado para se recuperar o que deixou de ser feito e fazer o que precisa ser feito, sem olhar pelo retrovisor, para que os problemas sejam sanados.
A Prefeitura de Anápolis deu um passo importante nesse sentido, com o Plano de Macrodrenagem Urbana, que busca equacionar problemas utilizando-se, principalmente, as Soluções Baseadas na Natureza (SBN). São várias intervenções que vão dar tratamento à raiz do problema, que é a impermeabilização do solo.
É um avanço, já que outras obras, como grandes galerias, demandariam muito investimento e muito tempo, além de gerar impactos ambientais.
Obviamente que as obras físicas são também necessárias e já estão sendo feitas, inclusive. Mas o planejamento usando as SBN tem um viés diferente e faz com que o olhar da população também esteja atento para ele fazer a sua parte.
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