A Assembleia Legislativa aprovou a proposta do governador Ronaldo Caiado que transfere área para Codego. Com isso, o Distrito Agro Industrial de Anápolis ganha mais 175 hectares para o acolhimento de novos investimentos.
José Aurélio Mendes Soares
O DAIA – distrito Agroindustrial de Anápolis vai crescer. Mais precisamente em 175 hectares. Com isso, haverá 108 novas áreas para serem pleiteadas por novas empresas, desafogando uma demanda reprimida que há tempos impede a entrada de novos investidores no complexo industrial.
A área a ser usada na ampliação do DAIA compõe a Plataforma Logística Multimodal será viabilizada por meio de um Projeto de Lei elaborado pelo governador Ronaldo Caiado, que dispõe sobre a transferência da mesma à Codego – Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás, responsável pela gestão dos distritos industriais goianos.
A proposta já obteve aprovação em primeiro turno na Assembleia Legislativa, com 22 votos favoráveis e oito contrários.
O governador Ronaldo Caiado divulgou um vídeo nas redes sociais ao lado do prefeito Roberto Naves e do deputado estadual Amilton Filho, declarando que esses 175 hectares a serem usados na expansão do DAIA seriam leiloados pelo governo anterior.
Ainda nesse vídeo, Caiado afirma que a área tem valor de mercado de aproximadamente R$ 166 milhões.
Segundo ele, o projeto vai consolidar a Plataforma Logística Multimodal ao mesmo tempo em que abre espaço para que Anápolis receba novas indústrias.
CRESCIMENTO ECONÔMICO
O prefeito Roberto Naves também se manifestou. Segundo ele, Anápolis se sente prestigiada com a iniciativa do governador permitindo que a cidade continue sua escalada de crescimento econômico.
“Desde o início do meu mandato tenho mantido contato junto ao Estado para gerir ações que possam fomentar o desenvolvimento do Distrito. E os resultados estão aparecendo” disse Caiado.
O deputado Amilton Filho, que também teve importante papel na articulação dessa aprovação, disse que a expansão do DAIA é a principal realização para uma cidade que espera e precisa gerar emprego e renda para a população.
A justificativa do projeto na Assembleia Legislativa ressalta esse ponto: “a possibilidade de criação de mais postos de trabalho em momento de grave crise econômica causada pelos efeitos da pandemia da Covid-19”.
A venda da referida área quase se concretizou em setembro de 2018. O então governador José Eliton, chegou a marcar data para o leilão, mas Caiado, como senador e candidato ao governo, à frente das pesquisas, declarou que caso anularia o ato, o que espantou os pretendentes a adquirir as terras.
Assim sendo, o certame acabou não acontecendo por falta de interessados.
DEMANDA REPRIMIDA
Há praticamente uma década é grande a procura de empresas para se instalarem na cidade. Mas a falta de áreas destinadas a esse fim tem prejudicado o fechamento de negócios. O deputado Amilton Filho revelou que, na última conversa que teve com o presidente da Codego, Renato de Castro, havia 48 indústrias com protocolo de intenção assinado visando abrir uma filial no DAIA.
Relator do projeto de lei na Comissão Mista da Assembleia, o deputado reforçou a informação de que mesmo com a transferência de parte do terreno para a expansão industrial, há garantia de espaço para a consolidação da Plataforma Logística, que envolve ainda o aeroporto de cargas.
INFRAESTRUTURA
Amilton Filho explicou ainda que a área transferida para a Codego está pavimentada e possui galerias pluviais.
De acordo com ele, é preciso implantar rede de água e esgoto, algo que será possível fazer ainda neste ano.
“Há muitos anos a gente houve falar que tem empresas para vir para Anápolis, na fila, e não temos área para receber. E isso é absurdo, porque tem cidade que quer empresas, mas não desperta interesse”,
comentou Amilton Filho.