Anápolis está engajada ao ‘Hepatite Zero’, projeto mundial de erradicação da doença desenvolvido pelo Rotary Internacional. Estudos apontam que existem cerca de meio bilhão de portadores das hepatites B e C no mundo. A doença, de acordo com a OMS – Organização Mundial de Saúde, mata duas vezes mais do que a AIDS e, hoje, é considerada como um dos principais problemas de saúde no planeta.
Acompanhando a ação que acontece em vários países, unidades do Rotary Club do Município estarão realizando um verdadeiro mutirão para a aplicação de 1,2 mil testes rápidos de hepatite.
Segundo Elizabeth Miguel Melo e Lucas Steffen, presidentes das unidades rotárias Anápolis Jundiaí e Anápolis Oeste, a campanha acontecerá nos dias 23, 24 e 25 deste mês de julho, em dois postos fixos que estarão funcionando no período das 08 às 18 horas, no Terminal Urbano, na Praça Americano do Brasil, na região central da Cidade, e na Vila Jaiara, região Norte, nas proximidades da Faculdade FAMA.
Elizabeth Melo e Lucas Steffen, junto com Luzia Aparecida Fleury e Giselly Ferreira, também, do Rotary Club Anápolis Jundiaí, detalharam que a iniciativa contará com o trabalho voluntário dos rotarianos anapolinos, bem como de profissionais da área da saúde, que vão aplicar os testes. Caso seja constatado algum resultado positivo, o paciente deverá ser triado para atendimento na unidade “Ilyon Fleury” (OSEGO do Jundiaí).
O principal foco desta campanha será a aplicação de testes para a identificação da hepatite B, na população acima de 40 anos (homens e mulheres), onde está a maior incidência. No período de 1999 a 2017, de acordo com dados oficiais do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, o número de casos confirmados de hepatites virais foi de 15.149, sendo: 5.539 (36,56%) de hepatite A; 6.841 (45,16%) de hepatite B; 2.727 (18%) de hepatite C e 42 (0,28%) de hepatite D. Os óbitos de hepatites virais (por causas básicas e associadas), ainda, conforme os dados do boletim, em Goiás, totalizaram 1.368, de 2000 a 2016.
No Brasil, de 1999 a 2017, foram 587.821 casos confirmados de hepatites, sendo: 164.892 (28%) do tipo A; 218.257 (37,1%) do tipo B; 200.839 (34,2%) do tipo C e 3.833 (0,7%) do tipo D. Os óbitos (por causas básicas e associadas), somaram 66.196 no período de 2000 a 2016.
O grupo de ação rotária ressalta que este trabalho soma-se a um conjunto grande de iniciativas que a entidade realiza na área de saúde. Uma delas, e, a mais conhecida e difundida, é a campanha que o Rotary Internacional e os clubes espalhados no mundo, realizam em prol da erradicação da Poliomielite. O Brasil notificou o último caso de pólio em 1989. Mas, de acordo com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), enquanto houver uma criança infectada, crianças de todos os países correm o risco de contrair a doença. Se a pólio não for totalmente erradicada, podem ocorrer, até, 200 mil novos casos no mundo, a cada ano, dentro do período de uma década. Daí, a importância do trabalho que o Rotary realiza e que, no Brasil, virou uma referência.
A campanha em Anápolis contra a hepatite será divulgada por meio da televisão, do rádio e conta com o apoio do Jornal e do Portal CONTEXTO. Além disso, empresas dos DAIA, através dos seus respectivos departamentos de recursos humanos, vão orientar os trabalhadores para que façam os testes.
Rotary em Anápolis
Em Anápolis existem, atualmente, sete clubes do Rotary. O mais recente, o Rotary Anápolis DAIA e o mais antigo, o Rotary Club Anápolis, com 78 anos de fundação. Todas as unidades trabalham de forma voluntária, seguindo o lema rotário: “Dar de si antes de pensar em si”. As ações não são, apenas, na área de saúde, mas, em diversas outras, como educação, esporte, emprego e renda, intercâmbios internacionais, sustentabilidade ambiental, etc.
Com mais de 110 anos de atuação, o Rotary Internacional congrega cerca de 35 mil clubes e, aproximadamente, 1,2 milhões de associados, ou seja, rotarianos que, de forma voluntária realizam projetos para ajudar pessoas e comunidades no mundo inteiro.