O exame preventivo de colo de útero, também conhecido como Papanicolau, é um exame citopatológico que visa mapear alterações celulares que podem evoluir para o câncer do colo do útero. Esse exame faz parte da estratégia de detecção e diagnóstico precoce do câncer que possibilita aumentar as chances de cura da paciente. Além da detecção precursora do câncer do colo do útero, o exame preventivo identifica outras infecções que precisam ser tratadas.
Em Goiás, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, 75,8% das mulheres de 25 a 64 anos de idade realizaram o exame preventivo há menos de três anos da data da entrevista. Observou-se uma associação positiva entre o aumento do nível de instrução e a realização do exame preventivo. Para as mulheres do grupo sem instrução até o nível fundamental incompleto, 64,1% fizeram preventivo há menos de 3 anos, enquanto entre aquelas com o ensino superior completo, 87,4%.
Mamografia
O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento, ou seja, entre as mulheres sem alterações ou achados clínicos, seja realizada a cada dois anos para as mulheres entre os 50 e 69 anos. Abaixo dessa idade, a mamografia pode ser indicada em casos de suspeita de síndromes hereditárias ou para complementar um diagnóstico médico devido a alguma alteração ou achado clínico.
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A PNS 2019 estimou que 55,3% das mulheres de 50 a 69 anos de idade em Goiás realizaram exame de mamografia há menos de dois anos da data da entrevista. Observa-se uma correlação positiva entre a realização da mamografia e a escolaridade. Das mulheres entre 50 e 69 anos sem instrução e com ensino fundamental incompleto, 49,8% realizaram o exame de mamografia, enquanto as mulheres da mesma faixa etária com ensino superior foram 62,2%.
Métodos contraceptivos
Um dos pilares do planejamento da reprodução é o acesso, quando desejado, aos métodos contraceptivos. Nesse sentido, a PNS 2019 investiga-se, no momento da pesquisa, a mulher usava algum método contraceptivo com o objetivo de evitar ou adiar uma gravidez. Em Goiás, considerando as mulheres de 15 a 49 anos de idade sexualmente ativas nos últimos 12 meses e que ainda menstruavam, 82,5% (1,2 milhão) fizeram uso de algum método para evitar gravidez. Esse índice é progressivo com o aumento da idade, enquanto 77,2% das mulheres entre 15 e 24 anos fizeram uso de algum método contraceptivo, no grupo de mulheres com 35 anos ou mais, esse índice era de 84,9%.
Há uma gama de métodos contraceptivos que variam desde a esterilização até o uso de métodos hormonais, de barreira ou mesmo naturais, com diferentes níveis de eficácia. Dentro do planejamento reprodutivo, a mulher deve ser orientada sobre qual o método mais adequado à sua saúde, idade, conjugalidade, assim como de acordo com suas questões socioculturais. Em 2019, entre as mulheres de 15 a 49 anos que ainda menstruam e que eram sexualmente ativas nos últimos 12 meses no estado de Goiás, 33,3% usavam algum método de esterilização, 11,6% a injeção contraceptiva, 39,8% a pílula anticoncepcional, 10,5% a camisinha masculina, 4,8% algum outro método moderno (camisinha feminina, anel, adesivo, etc.) ou algum método tradicional (tabelinha, coito interrompido, etc.).
A pesquisa
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, com a presente publicação, divulga os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde – PNS 2019, realizada em convênio com o Ministério da Saúde, contemplando, neste volume: pessoas com deficiência; saúde das pessoas com 60 anos ou mais de idade e saúde da mulher.