Muita gente não sabe, mas, celebrou-se no último dia 19 deste mês de junho, o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, cujo objetivo é trazer conhecimento sobre esse importante fator de saúde. Estima-se que, aproximadamente, 47% da população desconhecem esta doença. Os dados são do estudo “Percepção dos Brasileiros sobre a Doença Falciforme”, realizado pelo IBOPE. Trata-se de uma das maiores enfermidades hereditárias do Brasil e atinge, nada menos que sete milhões de pessoas.
A ciência destaca que as hemácias dos portadores da Doença Falciforme têm sua forma alterada por conta da condição genética. As células que, normalmente, são arredondadas, em pessoas com o diagnóstico falciforme possuem o formato de foice em condições adversas (temperaturas mais baixas, desidratação ou estresse, por exemplo). O formato desses glóbulos vermelhos predispõe à destruição dessas células e à obstrução de vasos sanguíneos. Com a obstrução da circulação, os tecidos não recebem oxigênio suficiente, o que causa crises de dor, um dos principais sintomas da doença. A destruição dos glóbulos vermelhos leva a outras complicações, como icterícia, sintomas de anemia, além de problemas no coração e pulmões.
Confira: O mal não dorme
As complicações da enfermidade podem afetar todos os órgãos e sistemas e interferir na capacidade do paciente e em sua expectativa de vida. Os sintomas surgem logo no primeiro ano de vida: dor crônica, infecções e icterícia. O Teste do Pezinho realizado nos primeiros dias de vida e exames de análises clínicas capazes de detectar a porcentagem de hemoglobina S no sangue, são formas de realizar o diagnóstico. O Teste do Pezinho, além de identificar diversas outras enfermidades é capaz de detectar se a criança é portadora da Doença Falciforme. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de receber o tratamento adequado e as chances de controlar a condição. Após a descoberta é importante que o acompanhamento médico seja realizado por equipe multiprofissional, com a adoção de protocolo de medidas preventivas e tratamento das complicações da doença. O Teste do Pezinho é realizado com, apenas, algumas gotas de sangue do bebê e é possível realizar o diagnóstico de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas. Anápolis é uma cidade vanguardeira em termos nacionais na aplicação do Teste do Pezinho, serviço essencial para a política de saúde pública voltada à criança, iniciativa da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) que, há anos, mantém um dos mais modernos laboratórios para esta finalidade em toda a América Latina. Além dos testes em recém-nascidos da região, a APAE Anápolis estende este atendimento a brasileirinhos dos mais diferentes pontos do País. Trata-se de uma conquista inquestionável para todos nós anapolinos.