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Washington Novaes fala para acadêmicos

de Jackeline Rust
8 de maio de 2009
em Geral
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Washington Novaes

Washington Novaes

O escritor, jornalista e consultor ambientalista de diversos veículos de comunicação, Washington Novaes, esteve em Anápolis na última terça-feira, 5. Ele proferiu a palestra sobre “Meio Ambiente, Desenvolvimento e Soberania”, no auditório do Senac. Também participaram os palestrantes Igor Monteiro, bacharel em direito e mestre em Direito Público pela PUC/MG, e Eduardo Abdon, procurador geral de Justiça. Ambos discutiram, com a platéia, a evolução do Direito Ambiental no Brasil.
Durante a palestra, Novaes apresentou dados do Relatório de 2006 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que reúne 3,7 mil cientistas de 130 países do mundo a trabalho para a Convenção do Clima. Segundo ele, o relatório revela que “se as emissões de gases que intensificam o efeito estufa continuarem no ritmo atual, a temperatura da terra se elevará entre 1,1 e 6,4 graus Celsius e o nível dos oceanos subirá entre 18 e 59 centímetros”. Para ele, trata-se de uma situação extremamente grave porque 40% da humanidade vivem nas áreas costeiras.
Dados sobre a temperatura, desastres naturais, emissões de gases na atmosfera e energia, também estiveram na pauta de discussões do jornalista goiano e diretor das séries “Xingu” e “Primeiro Mundo é Aqui”. Segundo ele, os efeitos serão sentidos durante séculos, sem contar com o degelo contínuo dos pólos. “Devido ao efeito estufa, onde os gases que compõem a atmosfera formam um cobertor que retém no planeta parte do calor vindo do sol, com o degelo, esse cobertor fica muito pesado e haverá grande concentração de metano que é 23 vezes mais agressivo do que o carbono”, alertou.
Solução
Durante a explicação, os estudantes de direito puderam ouvir uma possível solução classificada pelo palestrante como algo que já deveria ser feito. Washington Novaes de posse de dados consistentes, e relatórios mundiais, disse que a posição do Brasil é a 11ª no ranking de vítimas de inundações; é o quarto maior emissor de gás do mundo, somando 13 toneladas anuais de metano. Para ele, “75% das emissões brasileiras de gases se devem à mudança do uso da terra; a sociedade coloca em risco a sobrevivência da espécie humana”, disse.
Washington Novaes declarou que, apesar de o Brasil emitir esses gases, está de posse de desculpas de cunho ora político, ora de dúbio interesse. A primeira justificativa é a de que a responsabilidade da destruição do meio ambiente é dos países maiores por que eles iniciaram o processo de emissão primeiro. O segundo ponto é na restrição à soberania (só aceita compromissos voluntários) e o terceiro argumento é de que os americanos afirmam que países emergentes devem assumir juntos a redução na emissão de gases.
Diante da política norte-americana, de acordo com o ecologista, pouco se espera da primeira fase do Protocolo de Kyoto – acordo internacional que prevê que, até 2012, os países industrializados reduzam a quantidade dos gases do efeito estufa lançados no ar para um patamar 5,2% das emissões de 1990.
Amazônia
O evento foi marcado pela discussão sobre a Amazônia. Segundo o palestrante, a temperatura poderá subir de três a cinco graus centígrados e provocar uma redução de 5% a 15% das chuvas, em conseqüência das mudanças climáticas do planeta, previsão otimista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Na estimativa mais pessimista, o calor aumentaria entre quatro e oito graus, com redução de 15% a 20% das chuvas.
Segundo ele, para todo o território brasileiro, as previsões “não são muito animadoras”. Pode haver um aumento médio do calor para todo o território nacional em 1,4 grau ou em 5,8 graus, no cenário mais preocupante. O Nordeste poderá se tornar até 20% mais seco, com graves conseqüências para a população e para a biodiversidade. Novaes disse que no Brasil, a situação é mais do que emergencial, porque países em desenvolvimento são mais vulneráveis às mudanças climáticas com maior impacto sobre as populações mais pobres.
Solução
Durante a palestra, o ecologista Washington Novaes abordou as possibilidades de produção sustentável e o grau de interferência do homem no meio ambiente. Em sinal de alerta, a palestra mais pareceu um chamamento para que os estudantes ali presentes se alertassem sobre os malefícios causados pelo homem ao meio ambiente. Ele destacou o Cerrado como sendo a biodiversidade que deve ser preservada.
Além da preservação, a valorização dos recursos naturais é de suma importância para a sobrevivência humana. Sobre isso, o ecologista citou Edward Wilson, considerado o papa do direito ambiental: “Se o PIB mundial de 50 trilhões crescer 3,5% ao ano, em 2050 chegará a 138 trilhões de dólares. No entanto não há recursos naturais suficientes para ter esse crescimento econômico”.
“A reciclagem deve ser intensificada”. Segundo ele, o Brasil recicla menos de um por cento do lixo produzido. Para resolver alguns problemas ambientais, a solução também é impedir que áreas de preservação sejam habitadas.
Um relatório da ONU diz que mais de meio bilhão de pessoas não dispõem de água de qualidade e, segundo Novaes terá que modificar a educação escolar informando mais às crianças sobre a preservação e sustentabilidade.
A mais importante e problemática, seria uma mudança da comunicação. “O dever é tratar sistematicamente para que a sociedade possa avançar”, disse. No entanto, o jornalista afirmou que os confrontos e embates políticos e de interesse acabam por rechaçar o trabalho de que quem defende o meio ambiente. “É fácil dizer que o outro deve mudar e aproveitar-se da situação provocada pelo outro. Mas, é difícil agir por conta própria”, ressaltou.
Ao encerrar a palestra, Washington Novaes respondeu às questões dos estudantes e convidados sobre a situação local. Foi discutido o atual estado do Ribeirão “Piancó”, a Apa (área de proteção ambiental) do Córrego “João Leite” e Córrego “Capivari”. Uma das realidades apontadas pelo consultor ambiental é que há dejetos de esgotos, assoreamento e erosões nessas áreas, atividades que se tornam onerosas para o poder público. “O problema piora quando a responsabilidade ambiental recai ao município e não é recebido o recurso suficiente para tratar, assim como acontece nas pesquisas brasileiras, não temos financiamento suficiente para encontrarmos soluções imediatas”, disse.
O jornalista assegurou que “não há mais como fugir dos desafios que a nós foi imposto” e que “não podemos ficar retóricos, indignados e sem efeitos diante da destruição e achar que a solução do poder público virá sem a participação efetiva da sociedade”

Outros dados apresentados pelo palestrante
– Hoje um bilhão de pessoas passam fome e mais da metade vive em pobreza com menos de dois dólares diários.
– Em 2050, de acordo com a ONU, a população da terra terá mais de 2,5 bilhões de pessoas
– Atualmente, apenas três pessoas (mega milionários)
possuem a quantidade de riqueza comparada a 600 milhões de habitantes de três países

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