Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada quarenta segundos ocorre um suicídio no mundo, e o número pode chegar em apenas um ano a 800 mil vidas perdidas, e as estatísticas revelam a gravidade deste cenário: depois de acidentes de carros, o suicídio já é a segunda maior causa de morte de jovens de 15 a 29 anos.
O suicídio é causado por depressão, esquizofrenia e distúrbios psicológicos como ansiedade, psicose, término de relacionamentos amorosos, situação econômica, problemas familiares e uso abusivo de álcool e drogas, mas um bom número de casos poderia ser evitado, se pessoas próximas às vítimas soubessem identificar os sinais claros de risco.
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A faixa etária entre a infância e a adolescência é a que mais cresce em número de suicídios. Os motivos muitas vezes são banais como falta de dinheiro para ir ao cinema, bullying na escola, auto imagem negativa, e uma das coisas que tem assustado os pesquisadores é a percepção de que ocorre uma popularização do suicídio, parece haver algum “charme”, e soa como “demonstração de coragem”, tirar a própria vida. As mídias sociais, em razão da capacidade de compartilhamento e interatividade, facilmente geram ambientes que encorajam o suicídio e proporcionam, de forma maligna, um estimulo para jovens vulneráveis.
Em 2017, foi divulgado um jogo virtual chamado de Baleia Azul, que promovia o estímulo às mutilações corporais e até suicídio. O fato trouxe à tona a dramática realidade do assédio virtual, e certa apreensão aos pais que perceberam que o inimigo não estava do lado de fora, mas havia entrado nas casas pelas mídias sociais. A internet possui grupos com informações sobre métodos de suicídios, e os participantes discutem meios, lugares e encorajam uns aos outros a este macabro e demoníaco ritual.
Quando crianças e adolescentes não possuem um espaço no qual possam desabafar e conversar sobre o assunto, o tema pode complicar, e naqueles que possuem tendências a transtornos mentais surge o ambiente para ideações suicidas. Os números tem sido alarmantes mas estima-se uma forte tendência de crescimento nos próximos anos, diante da depressão infantil e a solidão de famílias muito ocupadas e filhos cada vez mais isolados afetivamente por causa do celular.
Esta “popularização do suicídio”, pode ser um fator de altíssimo risco, porque muitos adolescentes ainda não conseguem avaliar o grande risco de um ato sem retorno e sem possibilidade de arrependimento. O suicídio é ato final, definitivo e irreparável, mas nem todos conseguem fazer uma avaliação profunda de seus atos. Com a vulgarização e banalização da vida, este ato doentio tem se tornado popularmente aceito, já não gera grande espanto em muitos jovens. Assim, popularizasse a tragédia e banaliza-se o mal.