Creio que o céu será um lugar de grandes surpresas. Consigo ver três motivos que, provavelmente, surpreenderão: o primeiro é nos vermos ali e termos a certeza de que conseguimos chegar; o segundo é encontrar pessoas que acreditávamos que não estariam lá; e terceiro, não encontrar pessoas que críamos ter tudo para passar a eternidade ao lado do Pai. Cada vez que leio a Bíblia me convenço ainda mais que a nossa fé jamais deve ser isolada de uma vida prática de serviço em prol do Reino. Muitos evangélicos ensinam que devemos apenas crer. Isso é parte da verdade. Precisamos crer e trabalhar.
Clássico anapolino abrilhanta rodada do Brasileirão da Série D
Ser parte atuante de uma transformação social é uma experiência enriquecedora em toda e qualquer comunidade. Se esta transformação estiver intimamente aliada à divulgação do Evangelho de Jesus Cristo, a atuação torna-se excelente em sua essência. Ajudar, evangelizar, socorrer, amar e mudar circunstâncias são ações que devem fazer parte dos nossos dias na Terra.
E, na minha opinião, existem três tipos de pessoas:
- 1 – as que fazem as coisas acontecerem;
- 2 – as que vêem as coisas acontecerem;
- 3 – e as que nem sabem que as coisas acontecem.
O primeiro grupo é composto pelos transformadores sociais, pelas pessoas que fazem a diferença onde quer que estejam, que são agentes diretos e escritores de sua própria história e, principalmente, da história daqueles que o cercam.
No segundo grupo estão os meros observadores. Geralmente, se reservam o direito de ver a vida e a comunidade como se não fizessem parte daquele contexto. São alheios às ações, mas sempre dispostos a uma crítica.
No terceiro grupo, estão aqueles que sequer se interessam pelo que acontece ao seu redor. Preocupados apenas com suas próprias necessidades e interesses, acreditam não ter tempo para se ater a problemas alheios. O mundo gira, apenas, em torno deles mesmos.
Temos a opção de escolher exatamente em qual grupo gostaríamos de nos encaixar e viver. Podemos optar por uma vida como sujeitos ativos da História ou podemos sentar e esperar a vida passar. Gastar-se ou enferrujar? Esta é uma pergunta que espera resposta. Gastar-se vivendo uma existência atuante, com resultados palpáveis ou esperar que tudo se resolva por si, sem nenhuma ação pessoal? Esta é uma escolha de cunho extremamente íntimo. Você deve optar e definir o papel que interpretará em sua vida. Saiba, no entanto, que Deus nos colocou no mundo para fazermos diferença. Uma existência egoísta e egocêntrica não faz sentido.
Deus anseia pelo nosso envolvimento, pelo nosso desprendimento, pela nossa solidariedade. Dom Hélder Câmara, importante bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife e um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, disse, certa vez, que ninguém é tão pobre que não possa dar, nem tão rico que não possa receber. Lembre-se: “E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” (Mateus 25:40)