O órgão de trânsito ainda fará os levantamentos necessários levando em consideração a fluidez no tráfego
O diretor de engenharia da Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), Igor Lino Siqueira, informou, na última quarta-feira, 17/11, durante entrevista concedida ao programa Atualidades Manchester, que a autarquia já estuda a possibilidade de liberar vagas de estacionamento na região central de Anápolis, que é predominantemente comercial. Segundo ele, ainda não está definido em que locais, ou seja, em que vias essa liberação poderá ocorrer. O que dependerá de um estudo de análise de fluidez do tráfego, para que a medida- se adotada – “traga mais transtornos do que benefícios”. Contudo, Igor Lino ressaltou que em anos anteriores, atendendo ao clamor dos comerciantes, houve a liberação por tempo determinado.
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A análise, portanto, leva em conta os aspectos técnicos e também social envolvidos nessa questão que, em todos os anos, causa polêmica na cidade. Isto porque, uma parte da população é contrária à liberação de estacionamento em algumas vias do centro comercial, pois as vagas – ou parte delas – seriam ocupadas pelos donos de lojas ou, por funcionários, não cumprindo, assim, a natureza social da medida.
Por outro lado, muita gente defende a liberação do estacionamento, porque facilita o acesso de quem precisa ir de carro fazer compras no centro comercial da Cidade, sem muitas vezes ter de deixar o veículo em um estacionamento privado. Caberá, portanto, à CMTT, olhando todos os lados da questão, deliberar sobre essa “polêmica natalina”.
Ruas cheias
O diretor da Companhia de Trânsito assinalou que a preocupação com o estacionamento é recorrente, inclusive, levando-se em consideração a frota de veículos do Município. Conforme disse, dados mais recentes do Departamento Estadual de Trânsito apontam que Anápolis tem uma frota de mais de 290 mil veículos emplacados.
Soma-se a esse número, o fluxo de veículos passantes (de outras cidades), que ele acredita ser em torno de 30% da frota. Além dos carros locados, que são utilizados em maior escala por motoristas de transporte por aplicativo e uma parte de pessoas que optam por alugar ao invés de adquirirem um veículo, uma tendência que cresce no Brasil. A média, hoje, seria de 1,34 habitante por veículo. Igor Lino até brincou, dizendo que se fosse necessário que todos deixassem a Cidade, quase que daria para ir todo mundo de carro próprio. Brincadeiras à parte, o aumento da frota é um desafio não só para Anápolis, mas para todas as cidades de médio e grande porte do país. Por aqui, mais ainda, porque a cidade não nasceu planejada.
Calçadas
Outra situação colocada pelo diretor da CMTT, que é também um desafio só em Anápolis, mas em todo o Brasil, é a ocupação de calçadas por veículos, de forma irregular, seja por seus condutores, seja por comerciantes que colocam produtos de demonstração no local que deveria ser reservado, exclusivamente ,à passagem de pedestres. Nos dois casos, Igor Lino destaca que a população deve denunciar os abusos, para que a fiscalização possa agir, imputando as devidas penalidades aos infratores.
Guincho
O diretor da CMTT avaliou de forma positiva a sanção presidencial da Lei nº 14.229/21, que dá um prazo de 15 dias para que os motoristas parados em blitzen possam regularizar alguma situação indevida flagrada pela autoridade de trânsito, sem que o veículo seja guinchado a um pátio. Para Igor Siqueira, apesar de polêmica, é uma medida acertada. Ele observou que, em alguns casos, quando o motorista flagrado em situação irregular está em sua cidade, ele tem mais facilidade para resolver o problema. Quando a situação ocorre em outra cidade, o transtorno pode ser grande. Vale ressaltar, entretanto, que a regra não é geral. O condutor pode se livrar do guincho, mas não da multa pela infração em que o mesmo foi flagrado. Se a regularização não ocorrer no prazo de 15 dias, a autoridade de trânsito deverá gerar uma restrição no RENAVAM do veículo. E o veículo poderá ser encaminhado ao pátio até que a situação seja, efetivamente, regularizada.