Realidade já presente, o desenvolvimento socioeconômico de Anápolis passou a ter uma nova perspectiva, considerando-se os dados concretos que surgem de organizações privadas e do próprio poder público. A Cidade começou a crescer rumo ao nascente, ou seja, com preferência para a Região Leste, com um pouco de Noroeste e um pouco de Nordeste. Isso mesmo: por razões técnicas e geográficas, o citado desenvolvimento de Anápolis vai, de agora em diante, obrigatoriamente, seguir rumo Leste, tendo por base os dois lados, ou, as duas margens da BR 060, que liga Goiânia a Brasília, uma monumental rodovia/ avenida com duas pistas e boa qualidade para o escoamento.
Mas, por que isso? Porque rumo Sudoeste, o território anapolino tem limitações de fronteira, por exemplo, com outro município: Campo Limpo de Goiás. A divisa entre ambos fica a poucos metros da Vila Fabril, impossibilitando, assim, o surgimento de novos núcleos urbanos anapolinos. Como agravante, há o fato de que a região, desde a GO 330, que demanda a Nerópolis, até os limites com a chamada “Grande Jaiara”, o setor compõe a APA (Área de Proteção Ambiental) do Ribeirão “João Leite” que, por força de lei ambiental, não pode abrigar projetos industriais e assemelhados (suas águas abastecem as populações de Goiânia e de cidades do entorno), assim como apresenta muitas restrições para a formação de novos loteamentos e núcleos habitacionais.
Em se tomando por base a região que abriga o DAIA (Distrito Agro Industrial de Anápolis), existe a limitação territorial, pois, poucos quilômetros adiante, existe a chamada “tríplice fronteira”, com os municípios de Silvânia, Leopoldo de Bulhões e Gameleira de Goiás. No sentido longitudinal da BR 060, em direção a Goiânia, há outro barramento, qual seja, a proximidade de fronteiras com os municípios de Terezópolis de Goiás e Goianápolis. Sobrariam as vertentes Norte e, a já falada Leste. Para o Norte, tem-se como mais difícil o crescimento demográfico, pelo menos por enquanto, já que o escoamento das riquezas faz- -se no sentido inverso, ou seja, a procura Sudoeste, onde ficam as maiores cidades.
Assim sendo, a bola da vez seria, mesmo, o crescimento sentido Leste, uma região imaginária que ocupa a direita da BR 153 (sentido Norte), onde vários bairros de excelente padrão já se consolidaram (Residencial Veneza, Parque dos Pirineus, etc.), os que ficam em meio à BR 414 (Recanto do Sol e uma dezena de outros núcleos habitacionais) e os alinhados entre a BR 414 e a BR 060 (Bairro de Lourdes; Setor Tropical; Setor Sul, Jardim Tesouro e mais de uma dezena de outros), sem contar, pelo menos, cinco a seis condomínios de alto padrão já devidamente ocupados e vários outros em edificação.
O Leste de Anápolis tem, ainda, uma excelente cadeia de serviços e grande oferta de empregos nos mais variados níveis, assim como um eficiente sistema viário que permite chegar-se a três rodovias federais (060, 153 e 414) em questão de minutos. Quem investir na região Leste, seja para morar, seja para empreender, tem um futuro brilhante à sua espera. Tomara que o poder público, também, enxergue dessa maneira e dote o setor de mais aparelhos públicos, como novas escolas, fortalecimento da política de segurança, estabelecimentos de saúde e outros serviços essenciais.