O povo lutou pelo direito de escolher seus governantes livremente, como no movimento “Diretas Já”. Portanto, é injustificável o esforço nas cidades brasileiras, onde o poder é buscado a qualquer custo, prevalecendo a intolerância, presunção e arrogância.
No caso de Anápolis, a história mostra muitos fatos desagradáveis, em que pessoas de bem se tornaram inimigas justamente por extrapolarem direitos e avançarem para o caminho da agressividade, denúncia e discórdia.
Eleição se ganha no voto, com propostas, ideias e convencimento. Quem deseja vencer de forma limpa e democrática deve se preparar para isso. Caso contrário, é difícil acreditar em boas intenções. O poder é sedutor e desperta sentimentos muitas vezes incompreensíveis e desaconselháveis.
Uma coisa é certa: em qualquer disputa existem vencedores e perdedores. O que carece de melhor entendimento é que os vencedores não se perpetuam no poder. Já os perdedores devem usar a derrota como motivação para disputas futuras.
Em uma eleição municipal, naturalmente apaixonante, é essencial que as pessoas compreendam que, após o pleito os agentes políticos, com raras exceções, continuarão a viver na mesma cidade e eventualmente encontrarão seus adversários. Ganhar ou perder não muda o fato de que são adversários pontuais, não inimigos.
A consciência e o entendimento de que, numa democracia, há de prevalecer a vontade popular, mesmo que isso custe algum desgosto ou descontentamento, são essenciais. Ganhadores e perdedores devem carregar consigo a máxima de que perder ou ganhar eleição faz parte do jogo democrático.
A Constituição Federal afirma que “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos”. Portanto, quem deseja vencer a disputa deve se preparar de forma democrática, civilizada e consciente. Além disso, é importante lembrar que o adversário ou concorrente também busca o mesmo objetivo. Assim, o candidato que almeja a vitória deve apresentar boas propostas, sólidos argumentos e estar qualificado para o teste das urnas.