Filha da guerra, ela desfila a sua história por meio das narrativas dos seus Esquadrões, das aeronaves e de suas personalidades, que agregam um valor singular no seu jeito peculiar de defender a nação e manter a soberania do espaço aéreo.
A Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB), ao completar os seus 76 anos, comemorado neste 22 de abril, traz em sua memória uma grande jornada, desde os períodos mais distintos, seja cantando o Carnaval em Veneza, aplaudindo a Ópera do Danilo ou gritando Senta a Púa! Brasil!
Com o traje anti-G (gravidade), o capacete e a máscara de oxigênio, dentro de uma diminuta cabine de pilotagem, cercados por instrumentos, botões e interruptores, incorporados na garra e na coragem, os pilotos da Aviação de Caça comemoram a data e seguem a missão, voando muito rápido, e sozinhos, prontos a responder às necessidades e aos desafios da Força Aérea e do País.
Atualmente, esses militares atuam nos seguintes Esquadrões: o Joker (2°/5° GAV), localizado em Parnamirim (RN), o Jaguar (1° GDA), em Anápolis (GO); o Jambock e o Pif-Paf (1° GAVCA), no Rio de Janeiro (RJ); o Pacau (1°/4° GAV), em Manaus (AM); o Poker (1°/10° GAV) e o Centauro (3°/10° GAV),em Santa Maria (RS); o Pampa (1°/14° GAV), em Canoas (RS). Ainda, o Escorpião (1°/3° GAV), em Boa Vista (RR); o Grifo (2º/3º GAV), em Porto Velho (RO); e o Flecha (3º/3º GAV), em Campo Grande (MS).
Em cada um deles, a formação dos pilotos prima pela excelência, com emprego de técnicas e táticas atualizadas, por meio de pesquisas, estudos, visitas, intercâmbios e participações em exercícios operacionais.
F-39 Gripen
Ratificando isso, cinco dos futuros pilotos do F-39 Gripen seguem com afinco na preparação para a chegada da nova aeronave. Até julho, eles realizarão a formação operacional em Såtenäs, na Suécia. A capacitação inclui Treinamento de Conversão e de Prontidão para Combate.
Posteriormente, o preparo continuará na Ala 2, em Anápolis, sede do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), com instrução por meio de um simulador. No total, 53 pilotos e mecânicos se preparam para o recebimento do novo vetor.
Além disso, a Ala 2 também investe em infraestrutura. De acordo com o Comandante da Unidade, Coronel Aviador Gustavo Pestana Garcez (foto), a FAB se prepara desde 2014, quando ocorreu a assinatura do contrato para o desenvolvimento e a produção das aeronaves.
“Desde então, a Força Aérea realizou um planejamento minucioso no sentido de preparar toda a infraestrutura necessária, como a adequação de hangares e hangaretes, a construção do prédio do F-39, a iluminação do pátio, a ampliação da capacidade energética etc.
Além disso, o planejamento contemplou ainda a capacitação do efetivo com diversos cursos e treinamentos. Tudo está caminhando conforme previsto e certamente estaremos prontos quando os equipamentos e as aeronaves aqui chegarem”, garante.
Marco
O Comandante do 1º GDA, Tenente-Coronel Aviador Leandro Vinicius Coelho, destaca as expectativas com a aproximação da chegada do novo avião. “Será mais um marco na Aviação de Caça nestes 80 anos de história da FAB. O F-39 Gripen, com sua aviônica de última geração e com armamentos de alta capacidade, seguramente colocará a nossa Aviação de Caça em um patamar operacional nunca observado no nosso País”, afirma.
Divisor de águas
Assim como o P-47 Thunderbolt, o jato Gloster F-8 Meteor e o supersônico Dassault Mirage III, o F-39 Gripen chegará, ainda este ano, para marcar a história da aviação de caça da Força Aérea.
Conhecido por sua eficiência, baixo custo de operação, elevada disponibilidade e avançada capacidade tecnológica, o vetor será responsável pela soberania e pela proteção da Nação, realizando missões variadas, como as de policiamento do espaço aéreo em regiões críticas. O emprego dessa aeronave trará um importante salto qualitativo e tecnológico ao Brasil devido a alguns dos recursos embarcados até então inéditos para a FAB.
Histórico
Celebrado em 22 de abril, o Dia da Aviação de Caça relembra o esforço e a audácia dos militares do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), o Esquadrão Jambock, que, no auge da Segunda Guerra Mundial, a bordo dos caças P-47 Thunderbolt, cumpriam missões de combate contra alvos no norte da Itália.
Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Cristiane
Edição: Agência Força Aérea
Revisão: Capitão Oliveira Lima
Fotos: Sargento Johnson e Sargento Bianca/CECOMSAER