Belos locais de contemplação, lazer e descanso, os lagos escondem, todavia, perigos que têm causado dor e sofrimento para famílias que perdem entes queridos por afogamento
A morte de uma comerciária que se afogou nas águas do Lago Corumbá IV, no último final de semana, somou-se à incontável relação de óbitos naquele grande reservatório de água. De acordo com os Bombeiros, a inexperiência de muitos frequentadores, a imprudência e a imperícia de tantos outros, determinam tais tragédias. Muitos resistem a usar os coletes salva-vidas, além dos que entram na água sob o efeito de bebidas alcoólicas e outras drogas, assim como os casos de imprudência: superlotação de embarcações, pessoas sem qualquer intimidade com grandes volumes de água e outros inconvenientes, que têm assustado a população.
A jovem Beatriz Gomes de Oliveira , de 26 anos, que morreu afogada no Lago Corumbá IV, em Silvânia, região sudeste de Goiás, trabalhava em uma cafeteria de Anápolis. Segundo uma amiga, ela era mãe de uma menina 7 anos e era definida como uma pessoa alegre. Beatriz morava em Campo Limpo de Goiás, a 20 quilômetros de Anápolis, e estava no Lago com os amigos e a família. O caso aconteceu na região do Condomínio Buriti no último domingo, dia 25.
A lista de mortos por afogamento no Lago Corumbá IV é imensa, e, nela, figuram crianças, jovens, adultos e idosos. Um dos registros foi o de um subtenente da Polícia Militar de Goiás, que morreu afogado em 2023, na região de Corumbaíba, Sul de Goiás. Rosemário Pereira de Castro, de 58 anos, tentava recuperar seu barco, que estava à deriva, quando acabou por se afundar. O corpo do militar foi localizado pelos Bombeiros a, aproximadamente, seis metros de profundidade. Também, um adolescente de 16 anos morreu afogado no Lago Corumbá, em Caldas Novas, no sul de Goiás. Segundo o Corpo de Bombeiros, Hudson Gabriel Inácio estava em uma região conhecida como prainha quando não conseguiu sair da água, fato ocorrido no dia 28 de setembro de 2022.
Ainda, consta da relação, o caso de um jovem de 19 anos, que morreu afogado após cair de uma moto aquática, também, no Lago Corumbá IV, na zona rural de Silvânia. A vítima foi identificada como Daniel Vitor Azevedo Carvalho. Ele pilotava a embarcação e, ao realizar manobras próximo à margem do Lago, caiu do jet ski.
Outros locais
Mas, as tragédias aquáticas são registradas, também, em outros lagos e rios. É o caso de um homem que se afogou no Lago Serra da Mesa, em Uruaçu, norte goiano. Ele foi identificado como Gilberto Aires da Silva, morador de Ceres e que estava em seu rancho com a família. A vítima teria ido buscar a canoa que estava a cerca de 50 metros do local onde costumava deixar as embarcações. No momento do acidente, Gilberto não usava colete salva-vidas, realizou uma manobra, se desequilibrou e caiu no Lago.
Também, um idoso de 60 anos morreu afogado após uma embarcação virar a cerca de 30 metros da margem no lago Serra da Mesa. Bombeiros de Uruaçu foram acionados para realizarem as buscas pela vítima após outros dois pescadores conseguirem nadar até a margem. Outro homem, de 24 anos, morreu afogado no Lago Serra da Mesa, na zona rural de Uruaçu, no norte de Goiás, em abril de 2023. Ele tentou atravessar o lago a nado. Seu corpo foi localizado a oito metros da margem do Lago, em uma profundidade de três metros e meio. E, o personal trainer Jhonatan Saraiva Almeida, de 24 anos, morreu após se afogar enquanto nadava no Lago Serra da Mesa, no mês de março de 2023, em Uruaçu. Segundo o Corpo de Bombeiros, ele estava na Praia Generosa, quando sumiu na água. O corpo foi achado a três metros de profundidade.
Sobre essas tragédias, o Corpo de Bombeiros orienta que pessoas inexperientes, e, até, experientes, utilizem os equipamentos de segurança, como boias e coletes salva-vidas. Além do mais, orienta-se que as pessoas evitem adentrarem à água embriagadas, ou, sob efeito de qualquer produto químico. Também, é importante respeitar-se a capacidade de carga de barcos, canoas, lanchas e assemelhados e, ainda, que este tenham equipamentos de emergência.
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