Projeto faz parte do plano do Governo Federal para a integração de todas as regiões do País pelo sistema ferroviário
A Ferrovia Norte Sul que tem, em Anápolis, uma importante conexão para a logística do transporte de altas tonelagens, vai dar mais um passo rumo à consolidação da proposta macro de unir o País através de trilhos.
Devido à sua logística e à sua posição geográfica, o Município terá papel fundamental neste projeto. Anápolis oferece suporte técnico e operacional para o desenvolvimento do plano, tendo em visa a capilaridade em suprimentos, mão de obra, tecnologia – está em andamento um ambicioso plano de implantação do Centro de Excelência em Tecnologia Ferroviária, a ser instalado no Centro de Convenções, cuja pedra fundamental vai ser lançada no dia 15 de julho – além de outros recursos que colocarão o Município na vanguarda dessa proposta.
O embasamento fundamental desse ambicioso projeto tem em vista que o Ministério da Infraestrutura, através da VALEC (VALEC Engenharia, Construções e Ferrovias S/A, empresa pública, sob a forma de sociedade por ações, controlada pela União através do Ministério da Infraestrutura, conforme texto da Lei 11.772/2008), obteve, junto ao IBAMA, a nova licença de instalação para a Ferrovia de Integração Centro-Oeste, em mais um passo importante para o início da construção de mais de 380 quilômetros de trilhos, entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT), nos próximos meses. Publicada no Diário Oficial da União, a nova autorização tornará o projeto da ferrovia mais sustentável.
Oficialização
Para atender as condicionantes indicadas pelo órgão licenciador, os projetos foram alterados para reduzir a quantidade de aterros com altura superior a 20 metros, que estavam previstos para os quilômetros iniciais da Fico, com o intuito de permitir a travessia de animais de um lado ao outro da linha férrea e minimizar possíveis acidentes. De acordo com o Ministro Tarcísio Freitas, “muito em breve iniciaremos as obras de construção da FICO, que vai ligar o Vale do Araguaia à Norte-Sul e, futuramente, ao litoral da Bahia. A mobilização já começou. É o projeto da cruz ferroviária brasileira se concretizando”, destacou ele.
Projeto de tecnologia ferroviária deve dar função ao Centro de Convenções
A Ferrovia de Integração Centro Oeste é parte fundamental do plano de expansão da malha ferroviária do Governo Federal para reequilíbrio da matriz de transporte e redução do custo logístico para tornar o produto brasileiro mais competitivo no exterior. Em um primeiro momento, a ferrovia terá 383 quilômetros de extensão, entre Mara Rosa (GO), a partir da ligação com a Ferrovia Norte-Sul (FNS), até Água Boa (MT), podendo, no futuro, ser estendida até Lucas do Rio Verde (MT). No início de junho, as equipes do Ministério da Infraestrutura, da VALEC e da companhia Vale do Rio Doce realizaram visitas técnicas na região que será o encontro das ferrovias.
Outras ligações
A construção da Fico será realizada pela Vale, fruto da primeira iniciativa de investimento cruzado do Governo Federal, a partir da prorrogação antecipada do contrato da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) -, em parceria com a VALEC. Cerca de R$ 2,7 bilhões, que seriam pagos em outorga à União, serão investidos pela Vale na construção da ferrovia. Com a ferrovia, será possível a criação de um corredor logístico ligando o Brasil de leste a oeste, quando conectada, através da Ferrovia Norte-Sul, à Ferrovia de Integração Oeste-Leste). O primeiro trecho desta última, entre Ilhéus e Caetité, na Bahia, foi recém-concedido à iniciativa privada, e o Governo Federal trabalha no avanço dos outros dois segmentos: de Caetité a Barreiras (FIOL 2), ainda em território baiano, e de Barreiras a Figueirópolis, em Tocantins (FIOL 3). O Ministério, também, já trabalha, em parceria com o Banco Mundial, na estruturação para uma futura concessão conjunta FICO-FIOL (Ferrovia de Integração Cento Oeste e Ferrovia de Integração Oeste-Leste). (Com informações do Ministério da Infraestrutura).