O Governo Federal reduziu a zero a taxa de importação de seis alimentos da cesta básica e do etanol. A medida foi aprovada em reunião extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão vinculado ao Ministério da Economia, e busca reduzir os impactos da inflação.
Na lista de alimentos estão café torrado, margarina, queijo, macarrão, açúcar e óleo de soja. Segundo o Ministério da Economia, esses produtos tiveram alta nos preços acima da média da inflação do país.
Até então, o Imposto de Importação era de 28% para o queijo, 14,4% para o açúcar, 14,4% para o macarrão, 10,8% para a margarina, 9% para o café, 9% para o óleo de soja e 18% para o etanol.
“Nós também estamos muito preocupados com o impacto da inflação sobre a população mais pobre, sobre a população em geral. Nós sabemos quanto isso pode corroer o poder de compras de todos”,
ressaltou o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys.
O corte no imposto do etanol vai impactar no preço da gasolina.
Isso porque um percentual de 25% do etanol é adicionado na gasolina vendida nos postos de combustíveis de todo o país.
“Com a redução a zero da tarifa de importação [do etanol], que hoje é de 18%, nós temos uma estimativa que isso poderia levar a uma redução do preço da gasolina”, disse o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz.
O imposto será zerado a partir desta quarta-feira (23/03), quando a medida for publicada no Diário Oficial da União, e vale até o final do ano.
Bens de capital e informática
Na mesma reunião, a Camex aprovou a redução em mais 10% do Imposto de Importação sobre bens de capital, que são máquinas e equipamentos usados na indústria, e sobre bens de informática e de telecomunicações, como computadores, tablets e celulares.
Este foi o segundo corte na tarifa de importação de bens de capital e de telecomunicações. Em março do ano passado, o Governo Federal tinha reduzido essa taxa também em 10%. Com isso, o corte no imposto chega a 20%.
Essa redução de carga tributária, bem como outras, é uma das medidas estruturantes que vêm sendo adotadas pelo Ministério da Economia para aumento da competitividade do país, com estímulo à geração de emprego e renda.
Com a decisão, um produto que tinha alíquota do imposto de importação de 14% antes da redução realizada em 2021, passará a ter agora, com a segunda redução, alíquota de 11,2%.
Segundo o Ministério da Economia, a medida busca aumentar a produtividade e a competitividade da economia brasileira, mediante a redução dos custos envolvidos na importação de produtos estratégicos.
A estimativa do Governo Federal é que as reduções no imposto de importação farão com que a União deixe de arrecadar R$ 1 bilhão neste ano.
Por se tratar de tributo extrafiscal, de natureza regulatória, é dispensada a apresentação de medidas de compensação, como o autorizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Redução de IPI
A redução no Imposto de Importação foi adotada pelo Governo Federal depois de dar incentivo à indústria nacional.
No início de março, o Presidente Jair Bolsonaro editou um decreto que reduz o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 25% para a maioria dos produtos.
Entre os diversos produtos abrangidos pela medida estão eletrodomésticos da linha branca como geladeiras, freezers, fogões, máquinas de lavar e automóveis.
Para alguns tipos de automóveis, de acordo com as políticas de incentivos vigentes, as alíquotas serão reduzidas em 18,5%.
O IPI incide nos produtos industrializados, nacionais e estrangeiros.
Dessa forma, o Governo Federal trabalha com medidas de incentivo para a retomada da economia e ampliação da produtividade, contribuindo para a dinamização da produção, geração de empregos e renda. (Com informações do Governo Federal- https://www.gov.br)