A recente declaração do Prefeito Márcio Corrêa nas redes sociais reflete sua frustração e indignação com uma pequena parte da comunidade da chamada Grande Recanto do Sol. Mesmo após uma grande operação de limpeza, que incluiu a remoção de móveis velhos, restos de construção e lixo doméstico descartado de maneira irregular, o acúmulo de entulhos retornou quase que imediatamente às ruas. Lotes baldios continuam sendo usados para o descarte de todo tipo de inservíveis.
Por Vander Lúcio Barbosa
O prefeito não escondeu seu descontentamento com a falta de consciência ambiental de alguns moradores da região e destacou a necessidade de se conhecer e respeitar o Código de Postura da cidade. Esse ordenamento define os direitos e obrigações tanto da prefeitura quanto da população, visando manter a cidade limpa, organizada e um ambiente agradável e seguro para se viver. Não é justo jogar toda a responsabilidade de conservação urbana nas costas do prefeito e dos servidores públicos. A manutenção da cidade é um dever compartilhado e a conscientização de cada cidadão é fundamental.
O mal comportamento de parte da comunidade é um reflexo de um problema maior: a desconexão entre o que sabemos ser necessário para a preservação ambiental e nossas ações cotidianas. Embora haja um consenso sobre a importância de proteger o meio ambiente, nossas práticas pessoais muitas vezes não refletem essa consciência. Falamos da poluição, da má qualidade do ar e das mudanças climáticas, mas ainda assim, muitos continuam a jogar lixo nas ruas, acreditando que pequenas ações individuais não fazem diferença.
A negligência em gestos simples, como reciclar, cuidar do próprio lixo ou plantar árvores, demonstra nossa desconexão com a natureza. Diante de tantas evidências de desastres naturais exacerbados pela ação humana, priorizar o conforto imediato em vez da saúde do planeta é uma escolha retrógrada. A verdade é que a conservação ambiental exige mudanças cotidianas.
Além disso, como pais, devemos nos questionar sobre o que estamos ensinando aos nossos filhos. Não podemos deixar essa responsabilidade apenas para as escolas; precisamos ser exemplos e criar ambientes que reflitam escolhas sustentáveis. Males de saúde causados por falta de cuidados coletivos de higiene, eventos como enchentes e desastres climáticos não são caprichos da natureza, mas respostas à nossa arrogância em ignorar os avisos.
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