Contrato firmado com a Codego cedeu área de 22 mil metros quadrados por pouco mais de R$ 53 mil, mas denúncia havia apurado que o terreno valeria R$ 5 milhões
Da Redação
“No caso em testilha, verifico que o direito invocado pela Impetrante, à luz dos fatos declinados na petição inicial e documentos que a instruem, é razoável, existindo a possibilidade de, ao final, ser reconhecida a irregularidade ou injuridicidade do ato praticado”, ponderou a juíza Elaine Christina Alencastro Veiga Araujo.
O resultado é que o empresário Matheus Henrique Aprígio Ramos, filho de Carinhos Cachoeira, ganhou na Justiça o direito de manter contrato de aquisição de lotes negociados com a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) para construção de um shopping no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia).
Caso a decisão seja descumprida, o órgão deverá pagar multa diária de R$ 10 mil, cobrança limitada em 30 dias. A transação havia sido suspensa depois que o deputado estadual Humberto Teófilo levantou suspeitas de favorecimento, por parte da estatal, supostamente em benefício da empresa ETS Emprendimentos, mantida por Matheus.
Novela
A novela pelo controle da área começou há 1 mês, quando o deputado Humberto Teófilo publicou um vídeo em suas redes sociais, levantando a suspeita de que Matheus estivesse agindo como laranja para os negócios de Cachoeira. Os desgastes resultaram na saída de Marcos Cabral da presidência da Codego. Ele assumiu cargo de assessor Especial da Governadoria.
As áreas, que consistem nos módulos 50 e 51, somam 22 mil mestros quadrados e foram adquiridas por R$ 53.424,62. Teófilo, com base em parecer do ex-presidente do Codego Pedro Sales e em documentos da Controladoria Geral do Estado (CGE), afirmou que as duas áreas custariam pelo menos R$ 5 milhões. Ele ainda afirmou que, para fazer a compra, a ETS deveria realizar uma demonstração de capacidade financeira, o que não foi apresentado.
Com informações do Poder Judiciário




