Médico sempre negou as denúncias e disse que jamais tocou as pacientes de forma indevida. O advogado dele disse que não havia sido notificado das novas denúncias
O Ministério Público de Goiás ofereceu, mais cinco denúncias contra o médico ginecologista Nicodemos Junior Estanislau, de 41 anos, por crimes sexuais, em Anápolis. Os promotores o denunciaram por estupro contra 39 mulheres e por violação sexual contra outras três.
O médico sempre negou as denúncias e disse que jamais tocou as pacientes de forma indevida. O advogado dele disse que não havia sido notificado das novas denúncias até as 19h20 desta terça-feira e que só vai se manifestar após tomar conhecimento do caso.
Outras duas denúncias já haviam sido oferecidas em outubro contra o acusado, uma em Anápolis e outra em Abadiânia. Ele já é réu por estupro de vulnerável envolvendo três mulheres de Abadiânia.
De acordo com o MP, a Justiça de Anápolis ainda não havia aceitado a primeira denúncia, também por estupro de vulnerável, contra ele até a noite desta terça-feira. Os processos contra o ginecologista correm em segredo de Justiça.
O MP informou que o médico seguia preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Ele se tornou alvo de investigação depois que mulheres procuraram a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Anápolis para denunciar que foram vítimas de crimes sexuais dentro do consultório.
Investigação
No início foram três mulheres, mas o caso ganhou repercussão e outras vítimas apareceram para fazer denúncias. As primeiras denúncias contra o médico que levaram à primeira prisão dele em Goiás surgiram em Anápolis.
A delegada Isabela Joy, responsável pelas investigações, deteve Nicodemos em 29 de setembro. Depois da divulgação dos casos, mais de 50 mulheres registraram ocorrência. No processo contra ele pela Polícia Civil de Anápolis, o médico foi indiciado por:
22 casos de estupro de vulnerável
22 casos de violação sexual mediante fraude
9 casos de assédio sexual
Apesar do número de denúncias, o médico foi solto em 4 de outubro por decisão da Justiça, passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. No entanto, mais vítimas de Abadiânia registraram ocorrência e ele foi preso novamente quatro dias depois.




