Por Vander Lúcio Barbosa
Não há como negar. O fenômeno coronavírus (covid-19) mudou, para sempre, muitos dos hábitos que remontavam décadas, séculos até. E, indiscutivelmente um dos principais, (se não for o principal) setores atingidos, foi o comercial (operações de compra e venda) em todos os quadrantes.
No Brasil não tem sido diferente, um sistema que se interiorizou e, hoje, mesmo nos chamados pequenos municípios, ou cidades interioranas, o trabalho home office e a tradicional “entrega em domicílio”, agora com o pomposo nome de delivery, estão cada vez mais frequentes entre nós.
Anápolis é um grande exemplo disso. Independentemente do setor, da origem e da especialidade, as relações empresariais estão direta, ou, indiretamente, ligadas a esse novo comportamento social. A cada dia que passa, novas alternativas desses dois modelos são disponibilizadas ao público consumidor que tem se valido, sim, dessas facilidades e da comodidade que se lhe são ofertadas.
A presença digital está cada vez mais evidente, já que, conforme levantamento feito em 2020 pela BTA (consultoria em desenvolvimento empresarial), 43% das empresas brasileiras tornaram padrão o home office e 74% dos consumidores preferem comprar online.
Com a pandemia da Covid-19, muitas organizações perceberam que o envio seguro de um determinado produto pode ser um fator levado em consideração na hora de atrair e fidelizar clientes. Sendo assim, hoje existem várias transportadoras que percorrem o País para realizarem entregas.
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Ainda, conforme a Agência Nacional de Transportes, no Brasil, há mais de 700 mil transportadoras e frotas registradas, entre autônomos, empresas e cooperativas, somando quase dois milhões de veículos. E o custo-benefício, nível de serviço, capacidade de negociação e tecnologia da informação, são quesitos decisivos na hora de se escolher uma transportadora.
Trata-se de um sistema dinâmico com uma forte agregação de valores e a oferta de um generoso volume em postos de trabalho. O sistema delivery ocupa mão de obra das mais diferentes especialidades, desde o primeiro contato telefônico e/ou virtual, até a entrega propriamente dita, operação que passa por diferentes estágios.
Da mesa forma, o home office é fator gerador de conforto, comodidade e segurança. Trabalhar em casa significa economia de tempo, de gastos com transportes e outros deslocamentos. Sem contar a satisfação pessoal de estar em ambiente doméstico e comum, com a liberdade impossível nos herméticos e sisudos escritórios e, até, chãos de fábrica.
Certamente que nem todas as atividades poderão contar com esses dois sistemas (home office e delivery) mas, trata-se de um caminho sem volta, irreversível, uma novidade que chegou para ficar e que vai melhorar a vida de muita gente. Este novo comportamento não é uma probabilidade. É uma realidade.