Em 2021, a equipe quase conseguiu o acesso dentro de quadra, garantiu vaga por desistência, mas teve de se mudar para a capital sob outro nome
O ano de 2021 também ficou marcado pelo fim do Anápolis Vôlei. O projeto acabou “encerrado” e migrando para Goiânia, agora sob o nome de Goiás Vôlei. Foram três temporadas do Lobo-Guará no município, onde acumulou recordes de torcida enquanto mandava partidas no Ginásio Newton de Faria, principalmente no período pré-pandemia.
Superliga B 2021
Depois de, mais uma vez, chegar perto do sonhado acesso para a elite do voleibol nacional, o Anápolis Vôlei se mantinha focado para uma nova disputa de Superliga B. Mesmo sem torcida, por conta dos protocolos de saúde, o Lobo-Guará utilizou da força como mandante para se firmar na parte de cima da tabela. No Newton de Faria, foram quatro partidas e quatro vitórias para a equipe, que parecia pronta para carimbar vaga entre os melhores. Terminou em 3º na fase de grupos, com cinco resultados positivos e duas derrotas.
Grandes eventos religiosos não se realizaram no carnaval
O primeiro adversário no mata-mata foi o rival regional Vila Nova. Os colorados não tiveram chance frente ao Lobo-Guará, que triunfou em duas partidas e avançou para as semifinais. As mesmas semifinais que interromperam o sonho do acesso em 2019, só que dessa vez o adversário seria outro: o UPIS/Brasília.

O Anápolis Vôlei levou a melhor no primeiro embate, vencendo por 3 a 2 jogando em casa. Confiantes, os brasilienses forçaram o jogo de desempate na sequência, levando a melhor pelo mesmo placar, desta vez em Brasília. A capital federal foi palco do último e decisivo jogo, que garantia um espaço para Superliga A. Lamentavelmente, o Lobo-Guará foi massacrado pelos adversários e saíram derrotados por 3 sets a 0, ficando no quase pelo terceiro ano consecutivo de projeto.
Reviravolta e mudança de sede
Em julho, a diretoria do Anápolis Vôlei foi pega de surpresa. O campeão da Superliga B, o Juiz de Fora havia comunicado a desistência de participar da elite do voleibol, deixando a vaga em aberto. Pelo regulamento, o convite foi feito para o 3º colocado da competição, justamente o Lobo-Guará. O espaço foi confirmado pela Confederação Brasileira de Voleibol, mas sem o nome costumeiro do time, apenas como “Goiás Vôlei”.
Dante Amaral, campeão olímpico e gestor do time, afirmou, na época, que buscaria viabilizar o projeto financeiramente para a disputa, que custa mais do que a Superliga B. O Anápolis Vôlei acabou firmando parceria com o Goiás, e, por consequência, culminando com o fim do projeto em solo anapolino.
“O povo anapolino nos recebeu de portas abertas, com muito carinho. Tanto que a grande referência de público do voleibol brasileiro, seja na Superliga A e B, era Anápolis. Com uma média de quase cinco mil torcedores nos apoiando nos momentos difíceis e de alegria, contagiando os jogadores que fizeram parte. Só tenho a agradecer por essa oportunidade de ter vocês ao nosso lado, e conto ainda mais com o apoio, pois estamos falando do nosso esporte, o voleibol. É um momento histórico para o voleibol goiano”, afirmou Dante em coletiva do projeto, já com o nome de Goiás Vôlei.
A Superliga A veio ao fim para o time, embora não da maneira que a cidade gostaria. Foi um melancólico fim para o projeto Anápolis Vôlei, que sob novo nome, deixa os cidadãos da cidade “órfãos” de um time na modalidade, a qual abraçaram com todas as forças e sonharam junto de atletas, diretoria e comissão técnica.