Combater o mosquito Aedes aegypti é uma tarefa, principalmente, da população e que pode ser feita com medidas simples no dia a dia
Esse ano, devido ao longo período de chuvas, os casos notificados de dengue, em Goiás, registraram um salto de 291,83%, comparando-se os dados da semana epidemiológica 1 a 12, período entre 2 de janeiro a 26 de março. São os dados mais recentes do boletim de acompanhamento epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).
Conforme as informações obtidas pelo CONTEXTO na base de dados estaduais, em Anápolis, o número de casos notificados de dengue este ano é de 2.658, até a semana 12. Na comparação com o mesmo período de 2021, quando foram registradas 753 notificações, a variação foi de 252,99%.
A variação em Anápolis é menor que a média do Estado e está muito abaixo dos registros da capital- Goiânia, onde os casos notificados de dengue este ano, também até a semana 12, chegaram a 24.660, contra 2.127 no ano passado, com a impressionante variação de 1.059%.
No estado, já confirmados este ano, são 33.548 casos de dengue. No ano passado, no período avaliado, foram 12.420 confirmações, com variação de 170,11%.
Óbitos
Os registros oficiais da SES-GO apontam que este ano 8 óbitos por dengue e suas complicações foram confirmados. Um a mais do que no mesmo período de 2021. Contudo, ainda há 62 casos suspeitos sendo investigados.
Os registros de óbitos confirmados este ano, são: Goiânia (03); Inhumas (02); Alexânia (01); Itaberaí (01) e Itapaci (01).
Ainda em relação aos casos notificados este ano (até a semana 12), os 10 municípios goianos com maior número de registros, são: Goiânia (24.660); Aparecida de Goiânia (4.169); Senador Canedo (3.107); Anápolis (2.658); Luziânia (2.006); Itumbiara (1.997); Jataí (1.898); Inhumas (1.571); Trindade (1.176) e Rio Verde (1.154).
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No momento, em Goiás, 114 municípios estão na classificação de risco Alto; 66 de risco Médio e 66 de risco Baixo. O mapa mostra que Anápolis está na classificação de risco Médio. Esse mapa, vale ressaltar, é elaborado com base na taxa de incidência, que leva em consideração número de casos por cem mil habitantes.
Em alerta
A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) tem reforçado o alerta à população Anapolina, para que não baixe a guarda em relação às medidas de prevenção ao mosquito Aedes aegytpi.
Desde 2017, o Município tem realizado um trabalho intenso para prevenir e combater a dengue, mobilizando a sociedade. Afinal, essa é uma responsabilidade não apenas do poder público, mas de todas as pessoas.
De acordo com a gerência de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde, 170 agentes percorrem diariamente toda a cidade com intensificação em locais que apresentam maior incidência dos focos. Só que para combater o mosquito, é necessário o engajamento de toda a população: desde os cuidados básicos, como não deixar água parada, até o apoio ao trabalho dos agentes. “Sem o envolvimento da comunidade, é impossível obtermos um resultado positivo e determinante contra o Aedes”, frisa a gerente, Patrícia Godói.
Ela ainda argumenta que a época de chuvas é propícia para a proliferação do Aedes aegypti que, além da dengue, é o vetor da zika vírus e da chikungunya. “Nosso trabalho não para, mas o combate à dengue e outras doenças causadas pelo mosquito transmissor é uma via de mão dupla. É fundamental o apoio e conscientização da população.”
Sintomas da dengue
A infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso, pode levar até a morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.
Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Medidas de combate
- Não deixar água parada em pneus.
- Não deixar água acumulada sobre a laje.
- Não deixar a água parada nas calhas.
- Deixar as vasilhas com plantas sempre secas ou cobri-las com areia.
- Caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas.
- As piscinas devem ter tratamento de água com cloro. As que não são utilizadas devem permanecer sempre secas.
- Garrafas devem ser armazenadas em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo.
- Não descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem fechada.
(Com informações da Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura de Anápolis)