A doença, que no início causou grande preocupação nas autoridades de saúde, tem demonstrado estabilidade no número de casos confirmados
O boletim de acompanhamento da Monkeypox em Goiás, publicado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), mostra que até o dia 5 último, Goiás tinha 2.066 casos notificados da doença.
Entretanto, desse total, 551 confirmados. Havia, ainda, 382 notificações de casos suspeitos, 60 prováveis, 1.093 já descartados e 183 com perda de seguimento, quando não houve o devido registro ou quando os resultados não foram realizados ou apresentaram alguma inconsistência.
A boa notícia é que os dados apresentados nos boletins da SES-GO demonstram que a Monkeypox parece ter um quadro de estabilidade. No boletim de 7 de novembro, somente para efeito de comparação, o número de casos confirmados era de 539. Ou seja, 12 a mais e uma variação de 2,23%.
Melhor, ainda, é que desde o início do surgimento do vírus em Goiás, nenhum óbito foi registrado.
Dos 551 casos confirmados, tem-se que 531 (96,4%) foram em pessoas do sexo masculino e apenas 20 (3,6%) em pessoas do sexo feminino. Portanto, uma prevalência bem maior para os homens.
Não há registro de Monkeypox em mulheres grávidas. Em crianças, o boletim mostra 5 casos (0,9% do total de confirmados).
O levantamento destaca que dos 551 casos confirmados, 549 foram curados e há dois registro de pacientes ativos.
Em relação aos municípios, Goiânia é o que tem o maior número de casos confirmados da chamada Varíola dos Macacos, com total de 392. Em seguida vem Aparecida de Goiânia (56) e Anápolis (29).
No caso de Anápolis, o número de casos confirmados subiu de 23 para 29 (acréscimo de 6 notificações), na comparação dos boletins de 7 de novembro e 5 de dezembro.
A Monkeypox
Segundo a definição dada pelo Ministério da Saúde, a Monkeypox é uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus.
Apesar do nome, é importante destacar que os primatas não humanos, ou seja, os macacos, não são reservatórios do vírus da varíola.
Modo de Transmissão
Através de contato próximo com pessoa infectada (lesões de pele ou mucosa de pessoas infectadas, secreções respiratórias, contatos íntimos (beijos, abraços e contato pele com pele e/ou por materiais e objetos contaminados).
Medidas de Prevenção
- – Evitar contatos próximos com pessoas com suspeita ou confirmadas de Monkeypox;
- – Evitar contato íntimo (beijar, abraçar e contato pele com pele com pessoas com lesões/feridas) na pele;
- – Usar máscara em ambientes (abertos/fechados) com aglomeração de pessoas;
- – Não compartilhar objetos pessoais: toalhas, roupas de cama, copos, objetos sexuais e outros.
Principais Sintomas
- – Ínguas (caroços) no pescoço, axila(s) e/ou virilha(s);
- – Febre ou calafrios;
- – Cefaléia (dor de cabeça);
- – Dores musculares e/ou nas costas;
- – Cansaço e exaustão;
- – Lesões na pele tipo feridas: face, mãos, tórax, pernas e pés, semelhantes a espinhas, bolhas, vesículas e crostas;
- – Lesões nas mucosas (boca, genitais e ânus).