O grande desafio da vida é se manter firme até o final. Estamos numa maratona, não em uma corrida de 100 metros rasos. Velocidade é importante, mas não é essencial. Constância sim! Podemos facilmente nos desanimar e entregar os pontos. Correr demais e eventualmente sair da corrida.
Grande pregador baiano, Eudaldo Lima conta uma história bem interessante sobre o assunto. Aos 16 anos, por ser franzino e ter o tipo físico adequado – 47 quilos e 1,56m – ele se tornou um bom jóquei. Seu cavalo, o malhado, tinha também um bom desempenho e juntos ganharam muitos prêmios no interior. O problema é que as raias eram abertas e, eventualmente, quando o malhado via os pés de jurubeba, ele se esquecia da sua tarefa e entrava em alta velocidade no meio do mato. O resultado era catastrófico! Além de perder a corrida, ele muitas vezes saía com grandes arranhões provocados pelos espinhos.
Não são poucos os que estavam indo bem na família, carreira, vida espiritual e, de repente, de forma inesperada, parecem ter se cansado e esquecido o papel que precisam desempenhar. A Bíblia nos encoraja a não deixar de fazer o bem, “porque a seu tempo colheremos, se não desfalecermos.” Jesus afirmou aos seus discípulos que “aquele que perseverar até o fim, este será salvo.” Portanto, nosso alvo é o ponto final. Sair antes é desastroso.
A frase dura de Winston Churchil, herói inglês que conduziu seu povo durante a Segunda Guerra Mundial, ainda ecoa na mente dos estudiosos da história. “Se for atravessar, mesmo que seja o inferno, não pode parar!” Mesmo porque parar no meio do inferno seria ficar no inferno, não é mesmo? Há alguns lugares difíceis e terrenos pedregosos que temos de atravessar com maior perseverança e coragem. Não podemos parar no meio da travessia. Do contrário, ficaremos na zona da morte e do desespero.
Também não podemos perder de vista o horizonte a longo prazo e isso seria um modo de não esmorecermos no meio da travessia. Muitas vezes a luta é imensa, mas precisamos continuar andando, batalhando e perseverando. Nosso alvo é a reta de chegada. Se perdermos de vista o alvo proposto, perderemos a hora e nada compensará tal perda. Começar é a parte mais importante, mas terminar é a parte cheia de recompensas, apesar de ser a tarefa mais difícil.
Continuar andando… esse é o caminho para quem quer chegar ao fim. Precisamos entender que não podemos parar. Devemos perseverar. Há ainda uma longa jornada pela frente. Não desanimar é o que nos trará a vitória.