O Brasil está parado há um ano… As indústrias funcionam a meia boca, o comércio idem. As escolas, praticamente, estão desativadas, as igrejas não podem abrir em sua plenitude. Os aeroportos, as estações rodoviárias, os portos e demais locais por onde passavam milhões de pessoas, vivem sob rígido controle. É a pandemia do novo coronavírus, o que resultou na covid-19 que ninguém sabe quando vai terminar.
Governantes de países ricos, remediados, pobres e miseráveis esperam, ansiosos, por “uma luz no fim do túnel”. Alguns, até, já a enxergam. Há notícias animadoras que surgem aqui e ali, aparecem lampejos de um provável controle da doença, até que a cura definitiva chegue. Mas, enquanto isso não ocorre, vivemos o maior drama de todo os tempos, em que pese haver gente que minimize e diga que há uma supervalorização de tudo o que está acontecendo. Pode ser…
Só que, quem minimiza, por certo, ainda não perdeu bens; não perdeu capital, não perdeu amigos ou, não perdeu parentes para a doença. Doença que, por sinal, não tem um remédio apropriado, segundo a ciência. Todavia, alguns governos sérios; alguns países sérios; alguns povos sérios e que levam o assunto a sério, caminham passos seguros em busca de uma saída para o problema. Outros, nem tanto.
Muitos outros, como o Brasil, pior ainda, porque, além de não terem a expertise e a vontade política, ainda convivem com a intolerância, com o descaso, com a incompetência e com a corrupção. Aliás, este é o mal do século. Melhor, o mal dos últimos séculos.
A mídia tem mostrado, ostensivamente, casos e mais casos em que bilhões de reais desapareceram, ou, estão “em lugar incerto e não sabido”. Dinheiro que era para construir hospitais, mas, eles não foram construídos; dinheiro que era para comprar remédios, mas, eles não foram comprados; dinheiro que era para viabilizar equipamentos como unidades de tratamento intensivo (UTI), respiradores artificiais, medicamentos de ponta, mas estes, também, não apareceram.
Ao contrário disso, o que mais se noticia, infelizmente, é a falta de estrutura para atender, dignamente, os doentes. E, saber que muitos bilhões de reais foram liberados para o pagamento desta conta.
Não é abordada aqui, por falta de espaço, a ação de brasileiros desonestos e injustos que receberam, sem merecer e nem ter o direito, mais de 50 bilhões de reais a titulo de auxílio emergencial. Grande parte desse dinheiro ficou em balcões de bares, em lojas de celulares, em locais nefastos e impublicáveis. E, a julgar por este quadro, então, podemos concluir que a grande crise nacional não é a do desemprego; não é a do novo coronavírus, não é a de estruturação social e não é porque os outros países, também, estão às voltas com problema semelhante. O caso do Brasil é peculiar, é único.
A maior de nossas crises é a crise moral.