Deus nos criou à Sua imagem e semelhança. No entanto, o ser humano afastou-se de seu Criador, sucumbindo a desejos e praticando atos não condizentes com o propósito de sua existência. Adão e Eva foram os primeiros e, desde então, homens e mulheres fazem suas próprias escolhas e tomam decisões que os mantêm próximos ou distantes do Pai. Nem sempre optam pelo melhor caminho e, na época de Noé, por exemplo, o dilúvio veio para purificar a terra, permanecendo vivos apenas aqueles que acreditaram na ordem divina.
Passaram-se centenas e centenas de anos, e, compadecido da condição humana, Deus enviou Seu único filho para morrer por todos aqueles que O aceitarem, purificando-os de toda iniquidade. A verdade é que, da leitura da Bíblia, compreendemos que o Criador jamais desistiu da criatura e está sempre disposto a dar-lhe uma nova oportunidade e uma nova vida.
Ator famoso de Hollywood mata colega durante gravação de filme
E, a partir do momento em que aceita a Cristo como Senhor e Salvador, é fundamental que assuma uma nova postura como ser salvo e purificado, diferenciando-se dos demais. Já não devem agir, pensar, falar ou querer como os não-salvos e tornam-se “geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus” (1 Pe 2:9a). Mas, se, a princípio, somos tudo isso, o que Deus espera de nós enquanto homens e mulheres cristãos?
Jesus usou quatro metáforas muito interessantes para ilustrar como a Igreja, representada por nós, deve ser em relação à sociedade em que está inserida:
1) luz do mundo – “Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus” (Mateus 5:14-16 NVI). Como luz, o povo de Deus precisa produzir obras concretas tanto no aspecto espiritual (Gl 5:22), moral (Jo 3:17-18) e social (Mt 25:38-40). A Igreja deve ser a luz do mundo não porque pertença a ele, mas porque orienta e revela o caminho da verdade em Cristo Jesus.
2) sal da terra – “Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens” (Mt 5:13 NVI). O sal serve tanto para dar sabor aos alimentos quanto para evitar o apodrecimento e provocar a sede. Como sal, a Igreja de Cristo existe para dar gosto à vida, eliminar a podridão e provocar nas pessoas sede por Deus, seus ensinamentos e suas promessas.
3) sombra e ninho – Então Jesus perguntou: “Com que se parece o Reino de Deus? Com que o compararei? É como um grão de mostarda que um homem semeou em sua horta. Ele cresceu e se tornou uma árvore, e as aves do céu se fizaram ninhos em seus ramos” (Lc 13:18, 19 NVI). A Igreja, como instituição e não como estrutura física, precisa ser um local de abrigo e conforto tanto para os congregados quantos para aqueles que estão dispersos e precisam de amparo e alimento físico e espiritual.
4) fermento – Mais uma vez ele perguntou: “A que compararei o Reino de Deus? É como o fermento que uma mulher misturou com uma grande quantidade de farinha, e toda a massa ficou fermentada” (Lc 13:20,21). O plano de Jesus é que a Igreja tenha o papel de contagiar e influenciar, com fé e salvação, todos os aqueles com quem tenha contato. Se a Igreja não exercer essas funções, ela não fará falta no mundo. Em contrapartida, se nós, individualmente e como corpo de Cristo, formos luz, sal, sombra e fermento, certamente impactaremos nossa geração, veremos pessoas sendo salvas, justiça praticada, louvor, gratidão, solidariedade e fé.