Dentro do plano de reestruturação que ocorre na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, assim como vem ocorrendo em outros órgãos e empresas ligadas ao Governo Federal, algumas agências estão sendo alvo de mudanças de status. Mudanças essas que geram impactos para quem está na ponta, ou seja, os clientes.
Infelizmente, a notícia não é boa para Anápolis, onde os Correios tiveram um rebaixamento na classificação de agências, saindo do status A para o B. Em entrevista à Rádio Manchester nesta terça-feira, 28/04, o servidor e membro do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos de Goiás (SINTECT), Thiago Henrique, explicou que até então Anápolis era ligada diretamente à região Metropolitana, ou seja, à sede principal do Estado, em Goiânia e a partir de agora, passa a ser classificada como unidade do interior.
Para os clientes dos Correios, o impacto direto dessa mudança é na taxa de tarifas, que passa a ficar mais cara para algumas localidades. Para regiões mais distantes no Norte e Nordeste, por exemplo, as tarifas pode ter aumento de até o patamar de 40%.
Para os servidores, o sindicalista observa que um impacto imediato é a cobrança que acaba recaindo pelos servidores, em razão do aumento nas tarifas. Além disso, o SINTECT observa que a situação pode levar à redução da gratificação por função.
Covid-19
Apesar de a reclassificação ser um problema preocupante, a categoria, no momento, disse Thiago Henrique, está com foco voltado ao enfrentamento do coronavírus, ou seja, em garantir a segurança dos carteiros que saem de casa em casa e acabam enfrentando uma exposição maior ao vírus. Por isso, disse ele, as entidades representativas dos trabalhadores dos Correios têm atuado junto à direção e conseguiu a distribuição de máscaras e aguarda, agora, o envio de luvas. Somente em Anápolis, há 21 servidores afastados, por estarem em grupo de risco. Outros 100 estão trabalhando para dar conta da demanda.