Em definição simples e objetiva, merenda é tida como uma leve refeição entre o almoço e o jantar. Um lanche. Pode ser, também, o que se leva em farnel para comer em viagem ou em passeio. E, ainda, refeição leve que as crianças levam de casa para comer, geralmente, durante o recreio escolar.
Mas, no Brasil, merenda escolar passou a ser mais que isto. Ela se transformou em toda a alimentação realizada pelo estudante, durante o período em que se encontra na escola.
Provavelmente, principalmente em escola públicas, a merenda, tem se constituido na principal refeição de crianças, adolescente e até adultos. Tudo a ver com a atual situação financeira dos núcleos familiares assolados pela falta de uma melhor distribuição de renda e outros percalços que se tornaram comuns em todo o País.
Daí, como falta comida em casa, o recurso é buscá-la na escola. Dias atrás, o Governo Federal anunciou um aumento de, até, 39% no valor repassado para estados e municípios custearem a merenda escolar. O reajuste não era corrigido há quase seis anos.
A medida vai beneficiar 40 milhões de alunos da Rede Pública de Ensino.
De quebra, com esse reajuste, ganha, também, a produção sustentável com incentivos para aquisição de gêneros alimentícios diversificados, produzidos em âmbito local, que vão garantir a comida aos estudantes.
Esta meta casa com a proposta de se tirar o Brasil do pejorativo “Mapa da Fome”, pois, pelo menos, 30% dos recursos devem ser usados para a aquisição de alimentos da agricultura familiar.
E, estados como Goiás, que é o terceiro maior produtor de alimentos do Brasil, só têm a ganhar. Vão alimentar suas crianças e adolescentes, além de vender o excedente da produção para as demais unidades da Federação.