O empreendimento está localizado em uma área de divisa com o Distrito Agro Industrial de Anápolis (DAIA). Só de armazém, são cerca de 13 mil metros quadrados de edificação, além de 500 metros quadrados de câmaras frias.
A Aurora Eadi traz na bagagem experiência de 50 anos no segmento logístico e cerca de 25 anos, especificamente, nos setores farmacêutico e automotivo, encontrando, portanto, já uma identidade com Anápolis, maior polo industrial do estado e um dos maiores do interior do país; segundo maior polo de fabricação de medicamentos; e sede da CAOA, indústria automotiva que tem a duas bandeiras internacionais: a sul-coreana Hyundai e a chinesa, Chery.
A entrevista coletiva contou com a presença de Paola Di Gregorio, sócio da empresa representando seu corpo diretivo, os advogados: Bruno Moraes, Carlos Henrich Martins, e Alexandre Rodrigues. Também Fabrício Custódio, representando a Pinese Construtora, responsável pela obra e Henrique Debiase, gerente comercial.
Apresentação
Antes da coletiva, foram exibidos dois vídeos institucionais, mostrando alguns detalhes sobre o empreendimento em Anápolis, que deve gerar em torno de 500 empregos entre diretos e indiretos.
Foi, também, feito um breve histórico de como a empresa chegou ao empreendimento em Anápolis. Esse processo começou em 2018, conforme os representantes da Aurora Eadi, quando a empresa se habilitou a participar da licitação, em razão da expiração do prazo do contrato com o Porto Seco Centro-Oeste.
O certame, porém, foi marcado por uma intensa batalha no campo jurídico. Até que, em 2020, houve a assinatura do contrato da Aurora com a Receita Federal do Brasil. Na última segunda-feira, 09/9, saiu no Diário Oficial da União, um aditivo a esse contrato de 2020, prorrogando o prazo para início das operações por oito meses, a contar de 4 de setembro.
O prazo do contrato foi ajustado para o período de 09/06/20220 a 08/06/2045, sendo o valor do mesmo de R$ 48,6 milhões.
Nesta etapa inicial, 120 vagas estão sendo preenchidas em diversas áreas, como: operacional, administrativas, motoristas, farmacêutico e profissionais para áreas comercial e de recursos humanos, dentre outras.
A diretora Paola Di Gregorio ressaltou que não é intenção usar esse prazo do aditivo e que a intenção é, de fato, iniciar a operação em Anápolis a partir de novembro.
Conforme anunciado, o investimento da empresa no município é na casa de R$ 100 milhões. Valor este, inclusive, maior do que o estabelecido no contrato.
Questionada pelo CONTEXTO sobre a diferença, Paola explicou que essa diferença deve ao fato de que os R$ 48,6 milhões foram os valores da época, ou seja, de 2018, e de lá para cá, muita coisa mudou em relação a questões de área, edificação e outros custos envolvidos.
Entraves
Os representantes da área jurídica da empresa também explanaram sobre os entraves jurídicos que se deram desde 2018 para cá e garantiram que, hoje, não há nenhuma decisão judicial que impeça o início das operações da Aurora em Anápolis.
Contudo, ficou expresso que há ainda algumas barreiras no âmbito do município, barreiras essas que precisam ser rompidas, mesmo porque, em breve a Receita Federal deixará de atuar no Porto Seco Centro-Oeste e passará a operar junto à Aurora Eadi.
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Para essa “virada de chave” ocorrer, portanto, os recintos deverão estar alfandegados. E, segundo Carlos Henrich, a empresa está e esteve sempre empenhada em atender todas as exigências. E o que se espera é que seja dado, dessa forma, um tratamento igualitário.
Os representantes da Aurora também manifestaram respeito aos 25 anos que o Porto Seco teve em sua atuação em Anápolis.
Dificuldades e apelo
Em outro questionamento do CONTEXTO, os representantes da Aurora falaram sobre o relacionamento com os entes governamentais em nível estadual e municipal.
Paola Di Gregorio ressaltou que a operação em Anápolis tem sido uma das mais difíceis entre os empreendimentos da Aurora, que plantas em Manaus (AM) e Sorocaba (SP), inclusive, com várias premiações.
Carlos Henrich fez um apelo para que haja uma agenda com o Prefeito Roberto Naves, a fim de que a empresa possa se apresentar e demonstrar os compromissos que tem para com o desenvolvimento local e regional, não apenas na área de logística, que é o seu carro-chefe.
Em relação do governo estadual, os representantes da Aurora afirmaram que o relacionamento e respeitoso e sem nenhum tipo de problema.
Paola fez questão de afirmar por mais de uma vez que a Aurora chega para buscar parcerias que possam fortalecer o município e o estado, com investimento, com geração de empregos e divisas e outras ações.
Outro ponto importante, manifestado na reunião pelo presidente do Conselho Empresarial para o DAIA, Amaury Esberard, é que a empresa venceu um certame por apresentar a melhor proposta de preço. Sendo assim, deve, também, apresentar um melhor preço nos seus serviços. O que é, sem dúvida, algo importante para as empresas que utilizarem da prestação de serviços da Aurora.