A cidade mineira de Araguari foi, por durante muito tempo, uma das principais comunidades do interior brasileiro. Na década de 30, por exemplo, era um dos poucos municípios nacionais com mais de 40 mil habitantes. Araguari cresceu por diversos motivos, principalmente por estar em uma linha estratégica de exploração pelas entradas e bandeiras e, muito mais do que isso, por ser rota, praticamente, obrigatória para a interiorização do Brasil a partir de Minas Gerais.
Por lá, passaram os primeiros bandeirantes, foi lá que se criou um complexo ferroviário para a distribuição de riquezas em variados aspectos. Era, por assim dizer, uma espécie de capital econômica, com comércio ativo, indústrias importantes e uma boa força política. Em resumo: uma cidade que se impunha econômica e socialmente. Praticamente tudo o que se relacionava com o interior de Minas Gerais, a começar pelo Triângulo Mineiro, passava por Araguari.
Mas, o tempo passou e a 30 quilômetros dali, na cidade de Uberlândia, antes distrito de Uberaba, ensaiava-se uma grande cruzada pelo desenvolvimento, principalmente depois da transformação em município emancipado. A população e as lideranças políticas da emergente cidade não perderam tempo, nem espaço. Em pouco tempo, Uberlândia passou Araguari em todos os sentidos, principalmente no econômico. As indústrias se multiplicaram, o comércio explodiu e, em pouco tempo a cidade tornou a segunda maior de Minas Gerais, menor apenas, que a capital Belo Horizonte. Hoje, Uberlândia tem, calculadamente, 800 mil habitantes, enquanto que Araguari não passa dos 120 mil. Segundo os historiadores, tudo por causa de visão política.
Assim sendo, Anápolis, hoje, efetivamente a segunda mais importante cidade de Goiás, no quesito economia (perde, apenas, para a Capital Goiânia) já não ostenta, mais a folgada margem para a terceira colocada (economicamente) Aparecida de Goiânia, pois, em termos de população já ficou muito para trás. Não que Aparecida de Goiânia (e outras cidades) não tenham o direito de crescer, evoluir e se tornarem forte comunidades. A preocupação é que, se Anápolis não reagir, efetivamente, corre o risco de ficar para trás, como ficou Araguari, por sinal, uma bela cidade, mas que, perdeu a hegemonia econômica que ostentou por décadas. Anápolis precisa tomar cuidado. Precisa reaver conceitos, precisa se redescobrir, precisa recuperar o protagonismo. Por sinal, o Município tem todas as condições para isto.
Para analistas econômicos, Anápolis tem tudo para manter a dianteira e, até, aumentar a distância dos demais municípios. “É uma cidade pronta”, dizem alguns. Tem boa rede escolar, tem bom clima, energia e água de boa qualidade, fica no eixo central da economia nacional entre duas importantes capitais e, acima de tudo, mão de obra qualificada. Faltaria a Anápolis, um conjunto de políticas (municipais e estaduais) que, de fato, fomentem o desenvolvimento e que, além de prestigiar aos que aqui já se encontram, atraiam novos investidores. Vivemos em um sistema capitalista. A parceria capital/trabalho tem de se preponderante. Mais empresas, é sinônimo de mais empregos, mais renda. E, mais renda, sugere mais tributos, mais benefícios físicos e sociais. Simples assim.
A verdade que Aparecida superou Anápolis em população está Preste a utrapassar o Pib pelo o Fato que Aparecida e a Extensão da Capital que é um processo Natural da Capital Transborda para Dentro do Município Limitrosfero, Veja quando a pessoa Trafega na Av. São Paulo que Começa já no centro de Goiânia entra no Setor Sul, a pessoa entra na Vila Brasília nem da para perceber que já está em outro Município.
A parecida é a Extensão de Goiânia, que é usada como Cortina de Fumaça da Capital para Levar maior número de indústria e investimendo para Capital Tirando do interior, isto é a Prova que Goiás segundo o IBGE um estada que tem a maior desiqualdade Regional do Estado.
Anápolis está abandonada, estagnada o gestor municipal um fiasco o govenador anapolino não conseguiu fazer o aeroporto decolar, o centro de convenções continua um elefante branco inútil como os secretários municipais e estaduais o Daia não vê uma empresa nova a muito tempo o prefeitinho prometeu um hospital e não teve competência.
Gostaria de destacar a parte final do seu excelente texto.
“Vivemos em um sistema capitalista. A parceria capital/trabalho tem de se preponderante. Mais empresas, é sinônimo de mais empregos, mais renda. E, mais renda, sugere mais tributos, mais benefícios físicos e sociais. Simples assim.”
O sistema é capitalista, porém, eu acredito que você tenha uma percepção muito maior disso, que obviamente não caberia no exíguo espaço do artigo, mas que é interessante. Vivemos uma nova fase no processo de acumulação de capital… especialmente no capitalismo depende que o Br está inserido. Vivemos a desindustrialização, aliás os números ontem, 06, divulgados apontam para isso. A indústria recuou no último trimestre de 2021. Isso colocado, o senhor vai no ponto nevrálgico da questão. Geração de emprego e renda é o que garante desenvolvimento de um país e uma cidade. Ou o Br retoma um processo de industrialização, obviamente por meio do Estado (eu defendo isso), ou continuaremos a afundar cada vez mais. Ser o “fazendão” do mundo, não gera riquezas, aliás minto, gera sim, mas para um minoria…para as cidades e para a maioria da população não. Parabéns pelo texto. Abraços