No domingo (7), à noite, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão de grande repercussão nas redes sociais: incluiu o empresário Elon Musk, fundador da rede social X (antigamente conhecida como Twitter), como investigado em um inquérito que visa desvendar a presença de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.
Leia também: PEC aprovada em comissão da Câmara permite que professores acumulem cargos no serviço público
Além disso, o ministro ordenou que a rede social X se abstenha de desobedecer quaisquer ordens judiciais já emitidas pelo STF ou pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Moraes justificou sua decisão como uma resposta à “instrumentalização criminosa dolosa” da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.
O inquérito também investiga a suposta atuação de diretores do Google e do Telegram no Brasil em uma campanha contra o projeto de lei das Fake News, assim como tentativas de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de Direito.
Elon Musk gerou polêmica ao fazer uma série de posts relacionados ao Brasil durante o fim de semana, inclusive questionando as decisões judiciais que restringem sua plataforma. Ele chegou a defender que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. Até o momento, não há indicação de que a rede social X tenha descumprido alguma ordem, mas o episódio inflamou a base bolsonarista nas redes sociais.
Curiosamente, o ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou um vídeo de um evento de 2022 em que aparece ao lado de Elon Musk, destacando-o como “o mito da nossa liberdade”, sem fazer menção às recentes declarações do empresário ou às ações judiciais. Bolsonaro também anunciou a convocação de um ato no Rio de Janeiro para o dia 21 de abril, dando continuidade a uma manifestação que ocorreu em São Paulo no dia 25 de fevereiro.
Comentários 1