Paul Farthing, fundador da ONG Nowzad, tentava deixar o Afeganistão, mas acabou vetado por membros do Talibã na entrada do aeroporto de Cabul. O motivo deve-se a uma mudança na documentação exigida pelos Estados Unidos, responsáveis pelo controle do Aeroporto Internacional Hamid Karzai.
Junto de Farthing, que é ex-membro da Marinha Real Britânica, estavam 140 cães e 60 gatos, os quais ele pretendia retirar do país. O ativista tenta retirar os animais do país desde a tomada do poder em Cabul pelo grupo extremista, ocorrida em 15 de agosto. Em suas redes sociais, o britânico criticou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pelas mudanças realizadas nos documentos para o embarque.
“”Toda a equipe e os cães/gatos estavam em segurança 300 metros dentro do perímetro do aeroporto. Fomos rejeitados porque Joe Biden mudou as regras de papelada apenas duas horas antes. Passamos pelo inferno para chegar lá e fomos levados para o caos daquelas explosões devastadoras”,
escreveu no Twitter.
As explosões citadas pelo britânico foram referentes ao atentado provocado pelo Estado Islâmico, que deixaram pelo menos 170 mortos e mais de 200 feridos. Segundo o ativista, a pretensão era que ele, os animais e membros da ONG deixassem o Afeganistão em um voo fretado com financiamento particular.
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Agora, um outro voo, que deve sair de um país vizinho ao Afeganistão para resgatá-los, só irá acontecer após Farthing conseguir permissão para entrar no aeroporto. Com a repercussão internacional do caso, o ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, disse que irá auxiliar no resgate dos trabalhadores da Nowzad e dos animais, mas que a “prioridade” no momento “são as pessoas e não os animais de estimação”. O ativista, porém, rebateu dizendo que os bichos podem ser transportados no compartimento de cargos. “Colocamos os gatos lá, e 250 pessoas na cabine”, afirmou.