O órgão tem como um dos objetivos fazer o monitoramento de evolução da doença no estado, que já tem 121 casos confirmados, sendo um em Anápolis
Monkeypox. Pouca gente sabe o significado dessa palavra. Mas, ela já é motivo de muita preocupação, sobretudo, para as autoridades ligadas à área da saúde. No popular, Monkeypox é varíola dos macacos. Trata-se de uma doença causada vírus Monkeypox do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae.
Segundo definição dada pelo Ministério da Saúde, a Monkeypox é uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus.
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Apesar do nome, é importante destacar que os primatas não humanos, ou seja, os macacos, não são reservatórios do vírus da varíola.
Conforme o boletim de acompanhamento da Monkeypox, da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Goiás tem 121 casos confirmados de varíola dos macacos.
O informe número 31, atualizado na quarta-feira, 17, aponta que não há nenhum registro de óbito no estado. No Brasil, são 3.184 casos confirmados, com um óbito no registro oficial. No mundo, são 38.457 casos confirmados e 13 óbitos.
Ainda de acordo com o boletim da SES-GO, dos 121 casos confirmados em Goiás, 95 estão localizados na capital e os demais espalhados em 11 cidades do interior (veja o quadro), inclusive, já há registro de um caso confirmado no Município de Anápolis.
Conforme destaca a publicação, 113 casos da doença já foram descartados em Goiás e há 286 suspeitos e 5 classificados como “provável”. Totalizando, portanto, até o momento, 525 notificações no boletim 31.
Considerando o quadro de evolução na transmissão da doença, a SES-GO baixou uma portaria criando o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública para Monkeypox- COE Monkeypox.
A criação do Centro levou em consideração a declaração do diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, no dia 23 de julho último, afirmando que o atual surto de Monkeypox constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
Naquela data, havia cerca de 16 mil casos notificados da doença, espalhados por 75 países. Hoje, são mais de 38,4 mil casos confirmados em mais de 80 países.
No Brasil, um dos países com maior número de registros da doença, o Ministério da Saúde instituiu, no final de julho último, o Centro de Operações de Emergência Nacional, coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde.
O COE Monkeypox, em Goiás, instituído pela Portaria nº 1, de 5 de agosto de 2022, da Secretaria de Estado de Saúde, está vinculado ao Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde do Estado de Goiás (CIEVS-Goiás).
Conforme a portaria, o COE Monkeypox é uma unidade operacional de trabalho de caráter “extraordinário e temporário”, para a gestão das ações no âmbito de vigilância e assistência à saúde, nos casos relacionados à doença.
Um dos objetivos, ainda conforme portaria nº 1, assinada pelo secretário Sandro Rogério Rodrigues Batista, é o compartilhamento de informações para apoiar o monitoramento da varíola dos macacos, visando dar respostas ao atendimento que se fizer necessário.
O Centro de Operações será composto por membros permanentes e parceiros, que serão convocados para reuniões conforme o surgimento de demandas.
Poderão ser convidadas a participar do COE Monkeypox, pessoas de notório saber na área, assim como representantes de outros órgãos governamentais e não governamentais.
Por ser considerado serviço público de natureza relevante, os membros do Centro de Operações não são remunerados.
O que é?
A Monkeypox pertence ao mesmo vírus da família (Poxviridae) varíola. É transmitida de pessoa a pessoa. O macaco não tem participação na transmissão para humanos.
Modo de Transmissão
Através de contato próximo com pessoa infectada (lesões de pele ou mucosa de pessoas infectadas, secreções respiratórias, contatos íntimos (beijos, abraços e contato pele com pele e/ou por materiais e objetos contaminados).
Medidas de Prevenção
- – Evitar contatos próximos com pessoas com suspeita ou confirmadas de Monkeypox;
- – Evitar contato íntimo (beijar, abraçar e contato pele com pele com pessoas com lesões/feridas) na pele;
- – Usar máscara em ambientes (abertos/fechados) com aglomeração de pessoas;
- – Não compartilhar objetos pessoais: toalhas, roupas de cama, copos, objetos sexuais e outros.
Principais Sintomas
- – Ínguas (caroços) no pescoço, axila(s) e/ou virilha(s);
- – Febre ou calafrios;
- – Cefaléia (dor de cabeça);
- – Dores musculares e/ou nas costas;
- – Cansaço e exaustão;
- – Lesões na pele tipo feridas: face, mãos, tórax, pernas e pés, semelhantes a espinhas, bolhas, vesículas e crostas;
- – Lesões nas mucosas (boca, genitais e ânus).
Orientações para pessoas com sinais ou sintomas
- – Procurar os serviços de saúde imediatamente para avaliação clínica;
- – Realizar isolamento domiciliar;
- – Evitar comportamentos de risco como: beijar, abraçar ou contato pele com pele com pessoas saudáveis;
- – Proteger as lesões para evitar a contaminação de pessoas saudáveis.
Casos confirmados em Goiás
- Goiânia- 95
- Aparecida de Goiânia- 13
- Cidade Ocidental- 2
- Luziânia- 2
- Valparaíso de Goiás- 2
- Águas Lindas de Goiás- 1
- Anápolis- 1
- Bom Jesus de Goiás- 1
- Inhumas- 1
- Itaberaí- 1
- Planaltina- 1
- Senador Canedo- 1
- Total: 121
Fonte: Boletim Monkeypox 31
SES-GO