Os cristãos ortodoxos também realizam celebrações em homenagens a São Pedro e São Paulo, embora em uma data diferente, no dia 12 de julho.
O Dia de São Pedro e São Paulo, é uma festividade tradicional da Igreja Católica em honra ao martírio desses dois apóstolos, considerados líderes fundamentais no surgimento da Igreja Cristã.
A celebração de São Pedro é uma das mais destacadas entre as conhecidas “festas juninas”. Nesse período, quermesses e grandes fogueiras são características marcantes, assim como ocorre no Dia de São João.
Origem
A origem dessa celebração remonta há tempos antigos, sendo supostamente associada ao dia 29 de junho, que teria sido a data de falecimento e translado das relíquias dos santos apóstolos.
Acredita-se que as festas juninas foram inspiradas nos rituais de celebração da fertilidade da terra, praticados durante o solstício de verão na Europa, antes da reforma do calendário gregoriano.
Posteriormente, essas festividades foram incorporadas pela Igreja Católica como uma homenagem aos santos do mês. No Brasil, há registros históricos que atestam a comemoração das festas juninas desde o século XVII.
Propósitos do Dia
O Dia de São Pedro e São Paulo tem como objetivo manter viva na memória dos cristãos as origens da Igreja, e por isso ambos são celebrados no mesmo dia, unidos no mesmo propósito.
Além disso, essa data é também considerada o Dia do Papa, uma vez que São Pedro, de acordo com a tradição católica, foi o primeiro Papa da Igreja e aquele que ocupou o cargo por mais tempo, cerca de 37 anos.
História
Vale a pena conhecer a história dos santos juninos. Pedro, um pescador no Mar da Galileia, deixou tudo para seguir Jesus e foi escolhido como seu sucessor entre os doze apóstolos. Ele teve a missão de construir uma igreja que continuasse a obra do Messias.
Uma das histórias mais conhecidas sobre a vida de Pedro é sua negação a Jesus por três vezes durante a prisão de seu mestre, seguida por um profundo arrependimento.
Para os católicos, São Pedro recebeu a missão de ser o líder da Igreja de Cristo, como mencionado nas escrituras: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mateus 16:18).
Por outro lado, Paulo de Tarso, anteriormente conhecido como Saulo de Tarso, era um fervoroso perseguidor da Igreja e dos discípulos de Cristo.
Sua conversão ocorreu em sua jornada para a cidade de Damasco, quando foi envolvido por uma luz resplandecente do céu e ouviu a voz de Jesus. A partir desse momento, ele mudou de vida, adotou o nome de Paulo e se tornou um dos grandes evangelizadores da igreja primitiva, desempenhando um papel fundamental em sua expansão.
Ambos os apóstolos foram martirizados. São Pedro foi crucificado, mas solicitou que a cruz fosse invertida, pois não se considerava digno de morrer da mesma maneira que seu mestre. Já São Paulo foi decapitado em Roma.
Tradição
No Brasil, é tradição acender fogueiras em homenagem a São Pedro. Ele é considerado o “dono da chuva” e recebe uma veneração especial dos nordestinos, que confiam nele para trazer chuvas às suas terras.
Segundo a tradição, viúvos e viúvas devem acender uma fogueira em frente às suas casas durante a noite do dia 29. O Dia de São Pedro também marca o encerramento do principal período festivo do Nordeste.
São Pedro e São Paulo são pilares da Igreja, tanto por sua fé e pregação, como pelo fervor e zelo missionário. Eles foram glorificados com a coroa do martírio, testemunhas fiéis do Mestre. São Pedro é considerado o apóstolo escolhido por Jesus Cristo para ser o primeiro papa da Igreja.