Presidente da República chegou a pedir desistência da classe, mas, mesmo assim, sindicatos confirmaram a greve com envio de ofício ao governo
Da Redação
Entidades que representam caminhoneiros prometem iniciar uma greve nesta segunda-feira, 01/02, para pressionar o governo federal a negociar uma pauta com dez exigências, em uma tentativa de repetir o movimento que, em 2018, parou o país por 11 dias e deu origem à tabela de preços mínimos para os fretes rodoviários.
Em entrevista à Jovem Pan, o presidente da Associação Nacional do Transporte Autônomo do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, confirmou o movimento e disse que 70% da categoria deve parar todas as atividades já na segunda.
Na quarta-feira (27), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), fez um apelo para que os caminhoneiros não cruzem os braços, alegando que “todos vamos perder”. Apesar disso, no dia seguinte, um ofício enviado ao governo pelo Conselho Nacional de Transportes Rodoviários de Cargas (CNTRC) confirmou a greve caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas.
Motivação
De acordo com a ANTB, o principal motivador da greve é a alta do preço do diesel, que teve aumento de 4,4% nas refinarias.
Também é reivindicada uma revisão no reajuste na Tabela do Piso Mínimo de Frete, realizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para o transporte rodoviário de carga.
Pelas novas regras do reajuste, não entram no cálculo do piso mínimo a margem de lucro do caminhoneiro, custos com pedágios, custos relacionados às movimentações logísticas complementares ao transporte de cargas, despesas de administração, tributos e taxas.
A categoria também cobra pela implementação do Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot), conquista da greve de 2018.
Para resolver essas questões e evitar a greve prevista, os caminhoneiros querem uma reunião com a presença de Jair Bolsonaro – que recebeu o apoio da categoria na última eleição presidencial.
ATUALIZAÇÃO
A Jovem Pan São Paulo informou aos seus ouvintes às 11h15, que o movimento paredista dos caminhoneiros tem protestos pontuais, e não afeta o trânsito pelo Brasil. no informe, a emissora citou que o Ministério da Infraestrutura e a Polícia Rodoviária Federal afirmaram que todas as rodovias federais tiveram circulação de veículos com fluxo livre na manhã desta segunda-feira.