Chega ao meio século, a brilhante proposta do então, Prefeito Municipal Henrique Antônio Santillo em criar, na Cidade de Anápolis, uma réplica do Parque Mutirama que surgiu em Goiânia pelas mãos do então, Prefeito Íris Rezende Machado. Corria o ano de 1972 e a ideia de formação de parques temático/ambientais no interior do Brasil era, apenas, um esboço. Nos chamados grandes centros já existiam tais projetos, como o Jardim Botânico, no Rio de Janeiro e Ibirapuera, em São Paulo, para ficar, apenas, nestes dois.
Mas, o espírito visionário de Íris e depois, de Santillo, permitiu que Goiânia e, Anápolis, também, entrassem para o seleto rol de municípios preocupados com a estética e, muito mais do que isto, com o equilíbrio ecológico em suas regiões urbanas. E, assim se fez. Ao contar com o esforço de uma equipe, sob o comando de Amador Abdalla, então Diretor de Parque se Jardins, a ideia foi apresentada e começou a ganhar corpo. Faltava definir-se o local e, principalmente o recurso para a obra, principalmente a aquisição, mesmo que pelo sistema de desapropriação, do terreno. Mas, isto se resolveu facilmente. O terreno foi doado pela família Faria, capitaneada pelo médico e político Anapolino de Faria, um dos maiores benfeitores de Anápolis em todos os tempos.
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Com a definição da área, iniciou-se o projeto que culminou com a entrega do almejado parque. uma bela reserva ambiental nativa do Cerrado, com árvores centenárias, intactas e de fácil acesso, no Bairro Maracanã. Foi um sonho sonhado e realizado. O Parque recebeu o nome de “Antônio Marmo Canedo”, em homenagem ao jovem ex-bancário e ex-vereador, filho de uma família pioneira e que falecera precocemente. Não houve qualquer questionamento quanto à homenagem, com todos a entenderem ser ela justa.
E, através de décadas, o Parque reinou absoluto, pois era a única opção pública de lazer daquele porte ao alcance da população urbana do Município. Antes, nos anos 50 e 60 funcionou a Chácara Fanstone, também uma espécie de zoológico aberto à visitação popular. Mas, aquele projeto foi desativado, ao ceder o lugar para onde, hoje, está o Conjunto Nações Unidas. Anos depois, na área contígua, surgiu o Central Parque “Onofre Quinan”, cuja restauração se acha em processo de andamento.
E, para celebrarem-se os 50 anos (meio século) do Parque que, a bem da verdade, passou por algumas reformas nos anos que se seguiram (inclusive, com a proposta de mudança do nome para “Parque da Matinha” – Mas, o nome original, criado por lei, é, mesmo “Antônio Marmo Canedo”) , surge um movimento para se promover uma grande festa para o jubileu de ouro daquele centro de lazer. Que o Parque merece, não há qualquer dúvida…