A quarta, dia 27, foi agitada para um seleto grupo de “estudantes de medicina” da UniRV (Universidade de Rio Verde). A Polícia Civil (PC) cumpriu mandatos e prendeu 19 suspeitos de entrarem no curso com históricos escolares falsos. Após a operação policial, a instituição comunicou que vai expulsar os estudantes investigados.
Embora a instituição tenha sede em Rio Verde, as prisões aconteceram nos campus de Goianésia, com 17 suspeitos, e de Formosa, com um. Outro foi apreendido em Barreiras (BA), já em outra faculdade. Segundo a investigação, alguns deles nunca estudaram medicina e já entravam no quinto ou sexto-período do curso. Outros já estavam na fase de internato e atendendo à comunidade.
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A Universidade de Rio Verde (UniRV) disse em nota que identificou fortes evidências de fraude documental praticada por alguns dos candidatos no processo de transferência. A instituição explicou que as faculdades que seriam de origem dos alunos confirmaram as fraudes. O comunicado diz ainda que a universidade comunicou as fraudes à Polícia Civil, que assumiu o caso e orientou na continuidade da transferência para não atrapalhar a investigação.
A PC informou que os estudantes podem responder por falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa e perigo à vida de outras pessoas.
Família e casais
A investigação levantou que quatro estudantes são da mesma família, sendo uma mulher, seus dois filhos e seu irmão. Outro caso que chamou a atenção da polícia foi de que quatro são casais, sendo marido e mulher.
“Como parte dos alunos era marido e mulher, a universidade dá uma bolsa de estudos de 25%. Com isso, como a universidade é uma fundação pública, causa dano ao erário, vez que parte do recurso é público”, explicou o delegado Danilo Fabiano, ao g1.