Russos e ucranianos são da mesma família. Têm as mesmas origens, têm os mesmos costumes, falam a mesma língua e têm as mesmas convicções filosóficas, religiosas, folclóricas e outra similaridades que os classificam como povos irmãos. Já fizeram parte da União Soviética e, num passado mais distante, têm históricos de cooperação em variados sentidos. Há muito de igualdade, de identificação e de interdependência entre esses dois povos.
Mas, por que. então, atualmente estão envolvidos em uma guerra fraticida (irmão que mata irmão) até agora não muito bem explicada, embora as explicações tenham sido as mais variadas? E, o que o restante do mundo tem a ver com esta estupidez? Não há, aparentemente, resposta ideal para tais indagações. O certo é que todo mundo, no mundo todo, está com medo do que pode vir a acontecer. A desavença não seria, por enquanto, territorial, pois, a Rússia é o maior país em termos territoriais do mundo e, a Ucrânia, o oitavo maior território da Europa. Terras eles têm de sobra. São dois países altamente produtivos, principalmente em termos de alimentos.
E, para completar, russos e ucranianos eram, até há pouco tempo, grandes parceiros econômicos. A Ucrânia dependia do gás da Rússia. A Rússia, dependia dos alimentos produzidos na Ucrânia. Mas, com o conflito, tudo isso foi por água abaixo. Desavenças políticas, doutrinárias e ideológicas sepultam a história de duas nações altamente importantes no atual contexto mundial. Sem falar que, findo o conflito, que ninguém sabe quando ocorrerá, a reconstrução e a restauração de ambas as partes serão penosas, dolorosas, demoradas e sofridas. Milhares de vidas já pagaram por esta loucura. Não se sabe, também, quantas milhares de outras irão pagar.
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Entretanto, a grande indagação e a grande dúvida mundial são: quando tudo isso vai acabar? Tinha-se como certo que seria um conflito localizado e que não passaria de uma semana, dez dias no máximo. Mas, entra-se para o terceiro mês e, as notícias não são alvissareiras. Esta guerra pode durar mais do que se imagina e pode, perfeitamente, extrapolar os territórios dos dois países e se desdobrar em um episódio de dimensões incalculáveis e inimagináveis.
Por enquanto as dores e os sofrimentos estão restritos aos cidadãos dos dois países. Mas, ninguém garante que ficará só nisso. A Rússia tem um potencial atômico desconhecido do resto do mundo. Convém lembrar, todavia, que os ucranianos, também, detêm a tecnologia nuclear em alta escala. Podem, a qualquer momento, desenvolver armamentos com tal tecnologia. O mundo inteiro aguarda, ansiosamente, que esta guerra chegue ao fim. Isto, porque, independentemente da questão bélica, os prejuízos econômicos já são incalculáveis e sentidos por toda parte. Já começam a faltar petróleo, fertilizantes, cereais e outros produtos que vêm, em larga escala, daquela parte da Europa para suprirem-se os mercados consumidores de grande parte do Globo Terrestre. Em resumo: pode faltar comida. E, um povo faminto é um povo imprevisível.