Os dados foram divulgados pelo delegado titular da Delegacia de Investigação de Homicídio (DIH), em Anápolis, Vander Coelho Filho. “Esses números acendem o alerta para um problema que só vem aumentando. Enquanto os números de homicídio têm registrado queda ano após ano, os de suicídio só aumentam”, apontou o delegado.
Vander Coelho comparou os números do ano passado com os deste ano. Até agosto de 2022, Anápolis havia registrado 37 casos de homicídio, No mesmo período deste ano, foram 27. A redução foi de 10 casos de um ano para o outro. Mas no índice de suicídio foi observado um aumento. Em 2022 foram 24 casos, neste ano foram 25 registrados de janeiro a agosto.
O delegado explicou ainda por que a DIH investiga casos de suicídio. “Nós precisamos investigar esses casos porque alguns homicidas disfarçam o crime fazendo parecer um suicídio. Além disso, existe a possibilidade de haver suicídios induzidos, o que, também, é crime”.
Segundo o delegado, o alto índice de suicídio na cidade motivou os agentes da delegacia a buscarem ajuda com instituições que conscientizam sobre o cuidado com a saúde mental e a identificarem sinais que possam resultar no autoextermínio.
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“Estamos preparando um material educativo para fazer a nossa parte. Como agentes da Polícia Civil não devemos, apenas, investigar casos consumados. Podemos, também, agir na prevenção. Esse material será entregue a pessoas que passam pela Delegacia, como testemunhas ou depoentes, e que apresentam sinais preocupantes, que possam resultar no suicídio”, disse o delegado, que completou que esse material educativo ainda está em elaboração.
Oferta de ajuda
Ressalte-se que existem mecanismos que podem inibir e, até, evitar por completo, as ideias e propostas suicidas. Além dos tratamentos convencionais, através de clínicas e consultórios de especialistas, como psicólogos, psiquiatras, analistas e outros agentes, é possível buscar-se ajuda em organizações não governamentais, com igrejas, associações e outros grupamentos que tratam diretamente do assunto.
Sem contar que, em Anápolis, existem projetos avançados neste sentido. Um deles é o chamado CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) mantido pela Prefeitura e que oferece, gratuitamente, toda uma rede de proteção e amparo para indivíduos, ou, famílias, que se sentem incomodados com o chamado autoextermínio.
Os CAPS são definidos como estabelecimentos “destinados ao atendimento de pessoas com sofrimento mental grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e outras drogas, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial”.
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