A tristeza é um dos sentimentos mais humanos que há e podemos nos entristecer com motivos reais ou imaginários. Ela pode surgir sem nos avisar ou pode ser crônica. Muitas vezes, diagnosticamos sua origem e procedência, mas, em outras ocasiões, não fazemos a mínima ideia do que está acontecendo conosco. Santo Agostinho afirmou que “a mente pode controlar o corpo; mas a mente não pode controlar a mente.”
A tristeza pode ser confundida com depressão, mas existem muitas diferenças entre as duas, apesar de serem correlatas. A depressão pode ser marcada pelo desequilíbrio hormonal (componente físico), mas também pode ser uma variação de humor (componente emocional) ligada a perdas significativas, a abusos sexuais/emocionais ou mesmo à ausência significativa dos pais e traumas.
Há ainda a tristeza chamada de “depressão reativa”, que surge quando atravessamos um período de muitas perdas emocionais, traição ou falência. Como o nome diz, ela é uma resposta física ou emocional, involuntária ou não, a um evento causador de dor profunda. Muitos se dizem deprimidos quando, na verdade, estão profundamente entristecidos. Mais cedo ou mais tarde, a dor vai desaparecer e a cura virá.
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Jesus enfrentou tristeza intensa no Getsêmani quando disse: “Minha alma está entristecida até a morte.” Embora o diabo cause tristeza e depressão, Jesus não atribui toda sua tristeza ao diabo. A dor que Ele sentia estava relacionada ao seu projeto maior de ter que enfrentar o martírio da cruz.
Apesar de toda a dor envolvendo os quadros de tristeza, não se trata de tê-la ou não, mas sim de ficarmos atentos quanto à intensidade da dor que se sente – se ela é mórbida e paralisante – e com sua duração – se é persistente e constante. Nos quadros mais graves é preciso buscar ajuda profissional na forma de aconselhamento e terapia. Em casos mais agudos, geralmente são necessários remédios, atendimento psiquiátrico e terapias alternativas.
A pandemia isolou as pessoas, especialmente adolescentes e idosos, e por isso muito tem se discutido a “depressão social”. Uma boa conversa, o retorno prudente às atividades sociais, a volta à igreja e à escola, aliados à prática de atividades físicas ao ar livre e momentos de lazer são boas alternativas para minimizá-la.
A tristeza não é boa companhia e vale lembrar que a presença e a força de Deus também podem auxiliar o coração triste e cansado. Jesus nos convida: “Vinde a mim todos os cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.”