Números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na última terça (28), apontam Goiás como um dos três Estados com mais mortes decorrentes de ações policiais. Bem acima da média brasileira, a taxa goiana foi de oito óbitos a cada grupo de 100 mil habitantes.
Em primeiro lugar no quesito ficou o Amapá, com 17,1 mortes por ações de policiais civis e militares. O Sergipe, com 9 a cada 100 mil habitantes, ficou em 2º. A média brasileira foi de 2,9, sendo o primeiro recuo nacional desde 2013, quando inicia a série. Mesmo assim, foram 6.145 pessoas mortas nestas circunstâncias no país.
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Já a unidade federativa com menos morte por ações policiais é o Distrito Federal, com 0,3 por grupo de 100 mil habitantes. Minas Gerais vem em seguida, com 0,5; e depois Rondônia, 0,6.
Violência doméstica e feminicídio
Embora longe das ‘cabeças’, Goiás também mostrou números preocupantes no quesito feminicídio. O Estado foi um dos que viu sua taxa do crime hediondo aumentar de 2020 para 2021, anos utilizados para o Anuário de Segurança Pública. Saltando de 44 para 54 casos, o valor percentual foi de 1,1 para 1,5 a cada 100 mil habitantes. Os homicídios com vítimas mulheres também apresentaram alta no mesmo período, indo de 3 para 3,6.
Os valores também vão na contramão do Brasil, que apresentou queda nos dois fatores durante o recorte de período.
Cidades mais violentas
Goiás, no entanto, ficou de fora do ranking com as 30 cidades mais violentas do país. Dentre o montante apresentado, 13 são parte da Amazônia Legal, escancarando a vulnerabilidade da população de tais locais ao crime. São João do Jaguaribe, no Ceará, ocupa o topo da lista, com a maior taxa média de mortes violentas intencionais. Jacareacanga (PA) e Aurelino Leal (BA) completam o top-3.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública pode ser conferido por meio deste link.