Tecnologia que promete trazer revolução na agricultura brasileira tem um braço na Universidade Estadual de Goiás (UEG) em Anápolis
O boletim Agro em Dados, edição comemorativa de nº 50, traz uma matéria de destaque sobre os bioinsumos.
A reportagem destaca que os bioinsumos “têm despertado uma revolução na agricultura brasileira pela economia em se adquirir, multiplicar e aplicar nas plantas produtos biológicos para fins de melhoria no crescimento, resistência a fatores de estresse bióticos ou abióticos e aumento na produtividade”.
A publicação traz que em 2020, o governo federal publicou o Decreto nº 10.375 instituindo o Programa Nacional de Bioinsumos, com a finalidade de ampliar e fortalecer a utilização de insumos biológicos no Brasil.
Já no ano seguinte, Goiás instituiu o primeiro Programa Estadual de Bioinsumos do País, saindo na dianteira com uma legislação inovadora entre os demais estados, com a finalidade de “ampliar e fortalecer a adoção de práticas para a evolução do setor agropecuário, através da expansão da produção, desenvolvimento e utilização de bioinsumos e sistemas de produção sustentáveis”.
Esse marco legal está representado pela Lei Estadual nº 21.005/2021.
Pela legislação goiana- conforme a matéria do Agro em Dados- é considerado bioinsumo “o produto de base vegetal, animal ou microbiana, destinado ao uso na produção, no armazenamento e no beneficiamento agropecuários, também nos sistemas de produção aquáticos ou de florestas plantadas, capazes de interferir positivamente no crescimento, no desenvolvimento e nos mecanismos de resposta de animais, plantas, microrganismos e substâncias derivadas, que possam interagir com produtos, processos físico-químicos e biológicos”.
A partir destes marcos regulatórios, o Estado e o País como um todo, viram crescer exponencialmente iniciativas para estimular o desenvolvimento do setor.
O Estado de Goiás, por meio da Fapeg, disponibilizou recursos da ordem de 20 milhões, dos quais cerca de R$ 8 milhões já foram empregados na instalação do Centro de Excelência em Bioinsumos (Cebio) – coordenado pelo Instituto Federal Goiano (IF Goiano) – responsável pela gestão das unidades de pesquisa e transferência de tecnologia na área de insumos biológicos.
Distribuídos por todas as regiões de Goiás, o Programa conta com 3 URBs, que são as Unidades de Referência de Bioinsumos e 12 UTTs, Unidades de Transferência de Tecnologia, sendo que a UEG/Análise se insere como UTT de Controle de Qualidade, assumindo, portanto, uma missão de destaque no Programa.
Nas URBs, serão realizadas pesquisas e inovação na área, instaladas em campi do IF Goiano.
As UTTs serão responsáveis pela prospecção de demandas tecnológicas; disponibilização de bioinsumos; mapeamento de parcerias estratégicas; busca ativa por recursos; formação de recursos humanos e realização de dias de campo em unidades demonstrativas e ações de empreendedorismo e inovação.