“O governo do presidente Lula continua com sua artilharia de retaliação voltada para Goiás. O que antes pareciam ‘tiros políticos’ isolados transformou-se num verdadeiro bombardeio”.
Foram essa as palavras utilizadas pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), para definir a sua visão sobre a atuação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em relação ao estado.
No ano passado, Caiado já havia demonstrado insatisfação com relação ao plano nacional para a área de segurança.
Agora, nas suas redes sociais, ele de certa forma escancara que Lula estaria cometendo vários tipos de retaliações a demandas de Goiás, citando alguns exemplos.
Um deles, apontou Caiado, o empréstimo de R$ 700 milhões que Goiás faria com o BID, que já havia sido autorizado pela Secretaria do Tesouro Nacional, “foi derrubado por uma portaria do ministro Haddad”.
O governador elenca ainda que teve “a derrubada do projeto do Centro Internacional de Distribuição dos Correios, que seria em Anápolis”.
Caiado manifestou também que os pleitos de Goiás, em relação ao Governo Federal “não andam”.
Segundo ele, nenhuma das obras prioritárias elencadas no Novo PAC recebeu sequer um centavo do governo federal. O Cora, que vai tratar crianças com câncer pelo SUS, já está com 80% de suas obras prontas e zero investimento de Brasília.
“Projetos das novas policlínicas e penitenciárias, prometidas pelo presidente, não saíram do papel”, apontou o governador.
Ainda na publicação, Caiado observa que o Hospital Estadual de Águas Lindas de Goiás, inaugurado em junho de 2024, “até hoje não recebe corretamente recursos do SUS, mesmo tendo a ministra se comprometido a arcar com 50% do custeio”.
Na mesma linha, Caiado afirma que “o Governo Federal tem negligenciado os repasses para a saúde, incluindo medicamentos de alto custo, deixando a conta para o Estado. Temos seis policlínicas atendendo há mais de dois anos sem um centavo de contrapartida da União”.
Por fim, o governador assinala que o presidente Lula “se mostra avesso ao contraditório, colocando a pauta política acima dos interesses legítimos da população. Goiás sofre com uma verdadeira perseguição federal enquanto o Brasil segue à deriva, com uma política econômica que caminha para o precipício”.
Parceria
Em recente visita a Anápolis, o ministro interino de Relações Institucionais, Olavo Noleto, deu declaração em sentido oposto, afiançando que o Governo Federal é parceiros dos estados e município e que Lula não distingue prefeitos e governadores de posição ou oposição.
Noleto ainda disse, na entrevista coletiva que concedeu na Câmara de Vereadores, que 2025 será um ano de boas surpresas para o Brasil, no campo da economia.
O projeto do Centro de Distribuição dos Correios não foi citado por Olavo Noleto, mas em relação ao PAC, ele disse que Anápolis foi contemplada para receber uma Policlínica, duas Unidades Básicas de Saúde, uma Escola de Tempo Integral e um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI).
Ele ainda falou que o presidente Lula quer unir e pacificar o país até o fim do mandato dele, em 2026.
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