Engenheiro agrônomo, João Benko Neto criou o famoso estabelecimento goiano em 1975, se tornando famoso pela produção de quitutes
Da Redação
O proprietário da tradicional rede de restaurantes Jerivá, João Benko Neto, morreu nesta terça-feira (23/6), aos 74 anos, em decorrência de uma pneumonia bacteriana. O engenheiro agrônomo fundou o famoso estabelecimento em Goiás, em 1975. Nas redes sociais, familiares e amigos de Benko lamentaram a morte. De acordo com as publicações, o proprietário do Jerivá estava internado há 60 dias no Hospital Ani Rassi, no município goiano, e precisou de doadores de sangue para tratar a enfermidade.
Em uma postagem no Facebook, uma mulher se identificou como funcionária do Banco de Sangue Hemalabor e pediu a ajuda de 30 doadores de sangue, de qualquer tipo, em caráter de urgência, “pois o paciente, João Benko, precisou de transfusões”. A mulher relata, ainda, que o estoque está vazio e é indispensável a participação da família e dos amigos.“Estamos vivendo um momento de crise mundial, devido ao covid-19”.
Por meio de nota oficial, a Câmara Municipal de Abadiânia lamentou a morte de João. De acordo com o texto, o homem era pioneiro de Abadiânia e “ao longo dos anos, muito contribuiu para o desenvolvimento e progresso da cidade”.
Integração do campo ao comércio
João Benko, foi precursor de um novo modelo de comércio em que tirava de sua propriedade rural os produtos para abastecer sua rede de restaurantes em Goiás. Localizada em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal, a propriedade até hoje fornece ovos e frango caipira, leite e suínos, que antes de chegar à mesa dos clientes são processados na agroindústria, também na zona rural. “A fazenda existe há 40 anos para abastecer os restaurantes”, disse ele, referindo-se às unidades de Goiânia, na BR-060 e em Brasília, durante uma entrevista. “Conseguimos estabelecer uma produção diária e semanal. Hoje, temos uma horta orgânica e as pessoas querem saber da procedência dos alimentos”, explicou na oportunidade.
Sem o uso de defensivos agrícolas, a horta é adubada com a reutilização de resíduos provenientes do leite e compostagem da própria fazenda, demonstrando uma preocupação crescente no campo: a redução de impactos ambientais. Afinal, o que acontece dentro da porteira afeta quem está fora. Que o diga quem depende diretamente do agronegócio para a geração de renda e trabalho. Na rede Jerivá, por exemplo, são 350 funcionários atuando nos restaurantes. “Ele foi um visionário e incentivador dos produtos naturais e da boa saúde”, resumiu um dos gerentes.
Com informações do Correio Brasiliense