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No ambiente familiar, no ambiente do trabalho, no ambiente religioso, sempre haverá alguém com um celular na mão. No trânsito, nos consultórios médicos, nos veículos, no transporte coletivo, nos velórios, nas viagens, no avião, nas pescarias, nos jogos de futebol, enfim, em todas as atividades, os telefones celulares proliferam de uma maneira avassaladora.
Não dá para se imaginar o que vem pela frente, pois esse equipamento tornou-se uma espécie de membro agregado no corpo das pessoas. Uma coisa sem limite. Está no fim o diálogo entre pais e filhos, entre cônjuges, entre patrões e empregados, entre autoridades e povo. Tudo se resolve pelo celular.
No ambiente escolar, o impacto é ainda mais evidente. Os dispositivos permitem uma gama de atividades, desde comunicação até entretenimento, tornando-se inseparáveis para a maioria. Estudantes de todas as origens fazem do celular seu companheiro constante. No entanto, isso resulta em destrutividade e queda no desempenho acadêmico.
Um estudo revelou que 77% dos professores observaram o uso do celular para atividades não relacionadas à aula, enquanto 45% dos alunos admitiram distração durante as aulas. Além disso, 30% dos alunos reconheceram que o celular prejudica seu desempenho. Essa dependência também afeta os professores, comprometendo sua concentração durante as aulas.
Sem contar que, 25% dos adolescentes brasileiros já sofreram algum tipo de cyberbullying; 15% desses alunos admitiram ter usado o celular para enviarem mensagens inapropriadas para colegas; 10% afirmaram ter presenciado cyberbullying em sala de aula e 30% desses adolescentes que usam o celular por mais de quatro horas por dia apresentam sintomas de ansiedade. Também, entre eles, 20% que usam o celular por mais de quatro horas por dia apresentam sintomas de depressão e cinco por cento que ficam ao celular por mais de quatro horas por dia apresentam risco de dependência do celular
Nos Estados Unidos começou, este ano, uma “cruzada contra o celular em sala de aula”, pois as autoridades educacionais americanas se assustaram com os resultados dessas pesquisas e querem colocar um freio nesta atividade, em que pese a resistência de pais e de alunos que alegam necessitarem do celular para se comunicarem. No Brasil, algumas atitudes isoladas, também, caminham para isso. Resta saber quem vai ganhar a queda de braço.
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