Mais uma polêmica se dá em torno do Aeroporto de Anápolis. No final do ano passado, a Infraero, por meio da Portaria nº 344, de 26 de julho de 2024, o Governo Federal repassou à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, a Infraero, a outorga para exploração do Aeroporto de Anápolis.
O que parecia, então, uma medida alentadora, tornou-se quase que um pesadelo para os permissionários do local. Isso porque, já no chamado período de transição, foi anunciada uma nova política de taxação para os permissionários.
Em novembro, já quase findando o período de transição para a Infraero assumir de fato o aeroporto, um encontro foi realizado pela Associação dos Condôminos e Operadores do Aeroporto Municipal de Anápolis (ACOAMA).
O encontro já estava em andamento, quando compareceram representantes da Infraero, capitaneados pelo diretor comercial, Tiago Faierstein.
Naquela oportunidade, o presidente da ACOAMA, Allander Rodrigues Durigon, relatou a apreensão dos associados, em vista de um comunicado dando conta que a partir da assunção do aeroporto pela Infraero, teria sido dado um prazo até início de janeiro para que todos apresentasses documentos de regularização, sob pena daqueles que não atendessem a determinação serem retirados, inclusive, com a intervenção da Polícia Federal.
Além disso, externou que os operadores e condôminos estavam receosas de que as altas taxas a serem aplicadas pela Infraero, pudessem inviabilizar boa parte dos que ali estão há décadas, aportando investimentos, gerando emprego e desenvolvimento na região.
Para se ter uma ideia, são 26 empresas que têm mais de 300 colaboradores diretos e cerca de 400 indiretos, incluindo a aviação humanitária (Asas de Socorro), Escola de Paraquedismo, Oficinas Mecânicas, Abastecimento de Aeronaves, Aviação Executiva, serviços de hangaragem.
O representante da Infraero, na ocasião, deixou claro não existir no local dois aeroportos, ou seja, o Aeroporto Civil JK e o Aeroporto de Cargas. Este último, segundo a empresa, não existe de fato.
Também foi informado, em relação à taxação, que os permissionários seriam ouvidos através de sua associação para promover uma cobrança justa. Também foi anunciado aporte de investimentos na casa de R$ 90 milhões. Não ficou muito claro sobre a destinação a ser dada à estrutura que seria do Aeroporto de Cargas. O que seria objeto de avaliação.
Reviravolta
Nesta terça-feira (04/2), o ex-vereador Leandro Ribeiro, integrante da Secretaria de Estado da Indústria e Comércio do Estado de Goiás, postou em suas redes sociais uma reunião em que ele esteve presente junto com o Secretario de Estado da Infraestrutura, Pedro Sales com os permissionários do Aeroporto de Anápolis.
A tônica desse encontro foi uma possível retomada da gestão. Na postagem, Ribeiro fala que “diante da falta de investimentos da INFRAERO, tranquilizamos representantes do setor e reforçamos o compromisso com melhorias na infraestrutura para impulsionar o desenvolvimento do município”.
E destaca: “Por determinação do governador Ronaldo Caiado, não haverá cobrança sem investimento! Já foi protocolado o pedido para que o Estado reassuma as operações, garantindo empregos e renda para mais de mil famílias que dependem do aeroporto civil”.
A expectativa agora, portanto, é para a repercussão de como esse pedido deve ecoar junto ao governo e à Infraero.
Leia também: CONSEDAIA propõe melhorias no Edital da Plataforma Logística de Anápolis

