Este ataque acontece cerca de dois anos após outro incidente no Aeroporto de Brasília e os eventos de 8 de janeiro. As autoridades, incluindo a Polícia Civil do Distrito Federal e a Polícia Federal, estão investigando o caso, com a hipótese inicial de que Luiz tenha agido sozinho.
Perfil do autor
Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiü França”, trabalhava como chaveiro e residia em Rio do Sul. Em 2020, concorreu a uma vaga de vereador pelo Partido Liberal (PL), obtendo apenas 98 votos. Recentemente, após sua separação, mudou-se para Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal.
O deputado federal Jorge Goetten (Republicanos/SC), que conhecia Luiz desde a juventude, relatou que o autor das explosões enfrentava dificuldades emocionais desde o fim de seu casamento. No dia do atentado, Luiz teria circulado pela Câmara dos Deputados.
Ideologia e comportamento online
Nas redes sociais, Luiz compartilhava conteúdos relacionados a política, religião e teorias conspiratórias, incluindo a crença no QAnon. Ele frequentemente criticava ministros do STF, o presidente Lula e líderes do Congresso. Em publicações recentes, mencionou que o feriado de 15 de novembro seria “especial para iniciar uma revolução”.
Testemunhas relataram que Luiz estava vestido de forma semelhante ao personagem Coringa, com um terno decorado com naipes de cartas. Um chapéu branco foi encontrado próximo ao seu corpo.
Cronologia dos eventos
Por volta das 19h30, o veículo de Luiz foi o primeiro a explodir. Vídeos captados no anexo 4 da Câmara mostram o momento da explosão. Em seguida, ocorreram detonações perto da estátua ‘A Justiça’, em frente ao STF. Luiz acionou pelo menos duas bombas em um intervalo de 18 segundos. Os locais dos incidentes estão separados por aproximadamente 450 metros.
O ato final de Luiz foi acionar um explosivo, colocá-lo sobre sua cabeça coberto por um travesseiro, e deitar-se no chão até a detonação fatal.
Resposta institucional
O STF emitiu uma nota condenando os ataques. Por precaução, funcionários e colaboradores foram evacuados do edifício-sede. A segurança do STF está cooperando com as autoridades policiais do DF. Uma inspeção completa dos prédios do STF será realizada, e o expediente foi suspenso até o meio-dia de quinta-feira (14), com possibilidade de reavaliação.
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