Servidor público, historiador amador e autodidata, Claudiomir Justino, reúne um rico acervo com fotos e fatos sobre a história de Anápolis, desde 1798
Em 2008, o funcionário público do Estado, Claudiomir Justino Gonçalves, começou a praticar um hobby: tirar e colecionar fotos da história de Anápolis. Nascido em Patos de Minas e residente no Município desde 1994, sua paixão pela cidade e pelas imagens geradas por ela ao longo do tempo o transportaram para um projeto que, então, nem de longe lhe passava pela cabeça, que era escrever um livro.
A ideia começou a ser amadurecida a partir de 2009. Mas, ainda um objetivo que parecia distante.
Em 2010, Claudiomir Justino foi convidado a realizar uma exposição fotográfica no aniversário (oficial) dos 103 anos de Anápolis. De lá para cá, seu trabalho começou a ganhar visibilidade, inclusive, em algumas edições especiais do Jornal CONTEXTO.
Historiador amador e autodidata, Claudiomir Justino começou a executar o projeto reunindo um rico acervo de fotos e fazendo pesquisas em diversas publicações sobre a história de Anápolis, em livros, jornais, revistas e outras publicações.
Anápolis teve também a sua participação na história das Olimpíadas
Com isso, acabou reunindo um rico acervo de informações e de imagens, reunindo fatos, personagens, logradouros e destaques nas mais diversas áreas.
É um trabalho abrangente e minucioso. Demorou um pouco para ficar pronto, mas, certamente, pode ser considerada como uma das obras mais detalhadas sobre Anápolis e o seu passado, desde uma das publicações mais conhecidas no gênero, de autoria da escritora Aydée Jayme, que é uma referência das letras e da história da cidade.
Para se ter uma ideia da grandiosidade do trabalho realizado por Claudiomir Justino, o seu projeto é dividido em seis publicações.
O livro
A que ele está lançando agora, com o título: “Anápolis, no fluir dos anos. Volume I”, traz registros do período de 1798 a 1951, num total de 240 páginas onde os registros são feitos em ordem cronológica. Esse, na opinião do autor, é um diferencial do livro, porque ele não é daquele tipo para se ler de uma vez.
Ou seja, a leitura pode começar de qualquer parte, buscando-se um período de interesse. Ou pode ser também uma leitura sequencial. O fato é que, seja como for realizada a leitura, há muita informação entremeadas com cerca de 640 imagens.
“A organização em ordem cronológica é para que o leitor tenha uma visão única da evolução da cidade, com organização e o máximo de fidelidade. Muitas vezes, os fatos históricos são narrados de forma genérica. Tentando ser precisos, eu e o professor Daniel Alves Rezende revisamos cada imagem do livro para dar a elas uma data próxima”, destaca Claudiomir Justino.
Além da precisão nas datas, o autor também procurou manter a grafia da época. Por isso, na leitura, não estranhe encontrar palavras que, porventura, possam parecer erradas. É que, com as reformas ortográficas ocorridas ao longo dos anos, muita coisa mudou.
Em relação a data de start dos fatos narrados na publicação, Claudiomir explica que a escolha do ano de 1798 não foi aleatória. Ela faz referência ao primeiro registro que se tem oficial na terra das Antas, escrito no livro de óbitos da Freguesia de Meia Ponte (Pirenópolis), sobre o sepultamento de uma escrava de nome Potência, em uma fazenda da região.
Data de aniversário
Claudiomir defende a tese de outros que se dedicam à pesquisa sobre a história do Município, em relação ao aniversário de Anápolis.
Conforme narra, na época do império as localidades eram classificadas como vilas ou cidades. O primeiro Intendente (que era o cargo análogo ao de Prefeito) de Anápolis, inclusive, foi Zeca Batista, em 1892.
Porém- argumenta- na década de 1960, Anápolis vivia um boom de desenvolvimento e o prefeito da época queria dar à cidade uma grande festa e a data escolhida foi 31 de julho, quando houve a lei que a transformou em cidade, embora, formalmente, já o fosse.
Para os historiadores que defendem essa tese, a data do aniversário seria em 15 de dezembro. Tanto é que esse foi o nome dado a uma via importante no setor central. Mas, culturalmente, a data de 31 de julho foi se firmando ao longo do tempo.
Tudo isso são fatos e descobertas que os leitores poderão fazer com a leitura do livro, disponível apenas no formato digital.
Prefácio
A publicação é prefaciada pelo jornalista e diretor geral do CONTEXTO, Vander Lúcio Barbosa.
Na apresentação, ele diz: “Temos nesta publicação o exemplo de um resgate ao passado que vem de muita pesquisa, dedicação, valorização de fatos e de pessoas que, ao longo de mais de um século, contribuíram com a nossa cidade de Anápolis”.
E, de fato, reunir tanta informação e tantas imagens, dando todo esse material uma sequência cronológica e didática, não é uma tarefa. Aliás, é um grande desafio para o autor e um grande presente para Anápolis, que tem a sua história, seus valores e sua gente enriquecidos.
O livro “Anápolis no fluir dos anos. Volume I” está disponível apenas em forma digital. O mesmo possui Certificado de Registro de Direito Autoral, emitido pela Cãmara Brasileira do Livro.
A aquisição pode ser feita nos contatos fornecidos pelo autor. O material é enviado por e-mail através de uma plataforma de transferência de dados, onde o adquirente vai informar, após baixar o arquivo, o seu e-mail, número do CPF e a data de nascimento. Tudo devidamente protegido e, também, visando a proteção do material, evitando-se sua disseminação indiscriminada.
Os contatos podem ser feitos pelo mensageiro WhatsApp: (62) 99123-6264 ou por e-mail: cl**********@ho*****.com.
No mais, é fazer uma boa e prazerosa leitura da história de Anápolis.